domingo, 15 de março de 2009

GAZETA REMUNERADA? NÃO MAIS!

A discussão entre o Governo do Estado do RGS e o CPERGS gira em torno do pagamento dos dias parados na última greve, e de qualquer maneira em todas as graves futuras.
O movimento paredista nada mais é do que uma quebra de braço entre o empregador e o empregado. O trabalhador buscando alguma reivindicação, quase sempre de natureza salarial, para coletivamente as atividade, com o que o patrão tem prejuízo, e, pressionado, tende a atender melhor os pleitos dos empregados. Por seu turno, o empregado tem o prejuízo de não receber os dias que não trabalhou por razões óbvias: trata-se de contrato de trabalho, onde se preveem obrigações mútuas. Sem trabalho não há pagamento.
É claro que numa negociação para por vim a greve é legítimo que os empregados coloquem como cláusula o pagamento dos dias parados, mas não se trata de obrigação do empregador.
Quando a greve acontece no serviço público o problema se agrava, pois de um lado temos que as pessoas prejudicadas pela falta do serviço público não é “latu sensu” o governo, mas os tomadores do serviço público, ou seja, os contribuintes. Acrescento mais: o governante que paga os dias parados está cometendo sim improbidade administrativa, pois está fazendo contraprestação daquilo que o Estado não recebeu, e pode (ele governante) ser responsabilizado.
Lula - que para trouxa não serve – percebeu isso, e, é claro, não sou ingênuo, por estar na pele do governante, e disse em alto e bom tom que greve com pagamento é férias.
Vejam bem a manifestação dele:
GREVE DE SERVIDORES: "Meu comportamento com relação à greve não é um comportamento de presidente da República. A greve no setor público não deveria ser feita como se faz a greve numa fábrica. Quando nós fazemos uma greve numa fábrica, quando um trabalhador faz uma greve num comércio ou numa fábrica, o que ele está fazendo? Ele está tentando causar um prejuízo econômico ao patrão, para que o patrão possa ceder às suas reivindicações e, aí, ele voltar a trabalhar. No caso do servidor público não tem patrão, e o prejudicado, na verdade, não é o governo, é o povo brasileiro. Nós queremos, ao mesmo tempo em que discutimos esse assunto com eles, regulamentar também o contrato coletivo de trabalho para garantir ao servidor público que ele seja tratado democraticamente, como qualquer servidor é tratado em qualquer parte do mundo. O que não é possível, e nenhum brasileiro pode aceitar, é alguém fazer 40, 50, 90, 100 dias de greve e receber os dias parados, porque, aí, deixa de ser greve e passa a ser férias".
Volto eu . Este tipo de comportamento é irresponsável de governantes pagar dias de greve é que tem levado os servidores públicos a constantes paralizações, chegando ao total de 80% de todas as greves do país, e aqui no RS a quase totalidade.
Agora, diante da atitude corajosa de Yeda vamos ver que as greves vão diminuir, e certamente os servidores públicos encontrarão outras formas de reivindicação.
A cara de pau do PT (o que cá entre nós não constitui nenhuma novidade) apoiando o pagamento dos dias parados, inobstante a manifestação clara de seu líder maior constrange seus membros mais responsáveis.
Chega a ser risível a alegação de que os grevistas compensam futuramente os dias parados. Eu que estudei em escola pública toda a minha vida (primário, ginásio, científico e universidade) sei que as recuperações são frias como bunda de pingüim. Eles mandam fazer trabalhos, marcam aulas para o sábado quando ninguém vai, e todo o tipo de manobra para fingir que recuperam. Não existem as tais recuperações de aulas. Pelo menos eu nunca vi. Se alguém viu que me conte que eu publicarei a raridade.

Nenhum comentário:

Arquivo do blog

QUEM É ESTE ESCORPIÃO?

Minha foto
PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL, Brazil
EU E MINHAS CIRCUNSTÂNCIAS