terça-feira, 3 de março de 2009

POBRE MARINA

Certa feita, alguém mais chegado disse que Marina era uma louca, tipo pancada mesmo, disse eu que garantia não sê-la, pois não deveríamos ser intolerantes com ela, pois poderia estar tão-somente inconsciente, e ser confundida com uma grossa, mas no fundo era gente muito fina.
Alguém mais afoito poderia considerá-la mentirosa, mas acho que não era o caso, pois é arrependida, e quem pede perdão merece remissão de sua pena.
Naqueles tempos, Marina se considerava uma pessoa muito autêntica, de forma alguma poderia ser considerada uma farsa, pois fazia tudo direitinho, inclusive levantava cedo, escovava os dentes com Kolynos, penteava os cabelos negros como a asa da graúna, como diria José de Alencar. Não fazia como os fariseus, nos tempos de Cristo, ou seja, não era hipócrita, de tal sorte, a rezar de pé nas sinagogas, o fazia sentada.
Os exagerados diziam que, embora sua mãe fosse uma santa, ela era filha da puta. Que injustiça com Marina! Não merecia esta pecha, pois era moça de boa família.
Havia quem a achava cínica, mas não era o caso, pois fazia tudo às claras.

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