terça-feira, 31 de março de 2009

120 ANOS DA DAMA DE FERRO


Em Paris, França, no chamado Parc Du Champs de Mars, praticamente na margem do Rio Sena, está localizada a Torre Eiffel (La Toure Eiffel).
Ela foi inaugurada em 31.03.1889, pelo que está comemorando no dia de hoje 120 anos.
Foi construída pelo engenheiro Gustave Eiffel, o mesmo que foi responsável pela estrutura da Estátua da Liberdade em New York City.
Fazia parte de uma feira organizada em comemoração aos 100 anos da Revolução Francesa, e destinada a ser desmontada logo após. Os franceses não deixaram, inicialmente, por dar sustentação a uma grande antena, e depois pelo sucesso mundial, passando a ser considerado um símbolo nacional francês.
Conhecer a torre sempre fez parte dos meus sonhos, principalmente após as aulas de francês da  Profa
. Denakir, ainda no Ginásio Inácio Montanha, ali na Azenha, defronte ao Palácio da Polícia, e ao lado do Hospital Ernesto Dornelles.
V oilá! Grande surpresa tive: ela é muito mais bonita que em fotografia. Não é composta simplesmente por barras de ferro, e sim também por grandes placas que lhe dão um toque encantador. Em suma, ela – como os franceses – é elegante. Não é por outro motivo que mais de 7 milhões de pessoas a visitam todos os anos.

AMIGOS PARA SEMPRE...























Tal como já contei, a nossa comissão festeira da turma de 79 da Faculdade de Direito da UFRGS se reuniu na sexta-feira última objetivando o planejamento dos 30 anos.
Estou ilustrando este texto com a foto do evento.

segunda-feira, 30 de março de 2009

CAYMMI O ETERNO BRINCALHÃO



























Se a gente tivesse que vincular às pessoas uma palavra, à Dorival Caymmi certamente lhe seria atribuída tranqüilidade. Caymmi sempre foi sinônimo de coisa lenta. E, assim morreu. Ele até para morrer foi devagarzinho...
Estamos falando de um baiano autêntico que nasceu em 1914 em Salvador e morreu no ano passado.
É autor de páginas inesquecíveis do cancioneiro nacional, nelas incluídas Samba da Minha Terra, O que que a baiana tem(?), Marina, Modinha para Gabriela, Maracangalha, Rosa Morena, e a inigualável: É doce morrer no Mar, um verdadeiro hino de adoração ao mar.
Os últimos tempos o pai de Dori, Danilo e Nana foram passados em Copacabana, no Rio de Janeiro. Daí que os cariocas mandaram fazer uma estátua para ele, que ficou lá no fim da praia, no posto 6. Ele está com um braço aberto, certamente num convite para que a pessoa tire uma foto abraçada a ele. É claro que não resisti. A foto está aqui ilustrando este pequeno texto.
Mas não é que o baiano me sacaneou e na foto parece que está me botando umas guampinhas, tal como a gurizada costuma fazer com os seus amigos em fotos coletivas? Não é por outra causa que está rindo.
Pô, Caymmi respeite o fã!

domingo, 29 de março de 2009

FESTA DOS 30 ANOS DIREITO-UFRGS JÁ ESTÁ MARCADA

Reunimos-nos sexta-feira passada no Restaurante Copacabana para planejar a festa de 30 anos de formatura da turma DIREITO-79. Estavam presentes além deste que vos fala, minha esposa Maria de Lourdes, João e Virginia Ghisleni, Nicolau Lütz Neto e sua esposa, Juarez Gonçalves e José Castilho. No encontro, entre um gole de bom vinho e nacos de excelente vitela do restaurante, marcamos a nossa festa para o dia 20 de novembro deste ano as 21h00min, ali mesmo no Copacabana.
Peço aos colegas que costumam ler este meu blog que divulguem entre os demais o evento. Nos próximos dias, darei mais detalhes da festividade.

quinta-feira, 26 de março de 2009

UNANIMIDADE BURRA

Um dos poucos gênios de nosso tempo foi NELSON RODRIGUES. Nasceu em Recife em 1912 e morreu em 1980. Foi grande jornalista e teatrólogo. Sendo ele dono de uma irreverência sem medidas, tinha um estilo sem par.
Para desespero das feministas se saiu com esta: - Nelson, todas as mulheres gostam de apanhar, então? – Nelson respondeu na lata: - Não, só as normais! Claro que não é a minha opinião, e também não era a de Nelson, fazia parte de um contexto próprio dele, dentro de uma linha que objetivava chocar as pessoas, e neste intuito tirá-las de seu sossego. Assim foi Nelson Rodrigues.
Li só uma biografia de Nelson Rodrigues que foi a de Ruy Castro. O título é o ANJO PORNOGRÁFICO. Se tiverem a oportunidade, não percam, pois se trata de uma leitura muito interessante, dentro do estilo jornalístico de Ruy.
Atribui-se também a Nelson Rodrigues a definição de que toda a unanimidade é burra. O professor Luiz Marins, em seu site, diz que tem origem na sentença latina: Cada Cabeça uma sentença (Quot Capita, tot sententiae). Certamente Nelson tentou dizer que se todo mundo pensa de determinada maneira alguma coisa está errada, pois ninguém teria olhado a coisa de maneira diferente.
Foi neste sentido que eu debochei bastante dos 84% de aprovação de Lula Lá. Pois, hoje o Clóvis Duarte, no seu site, lançou na sua diária pesquisa uma pergunta: se a pessoa era a favor ou contra a diminuição da remuneração da caderneta de poupança. Pensando bem: quem seria contra a remuneração de seu próprio rendimento? Pois não é que para prevalecer a tese de Nelson Rodrigues apareceram SEIS POR CENTO de votos a favor da diminuição dos ganhos da poupança. É incrível, quando eu li, e obviamente votei contra, achei que seria 100%, pois errei feio.
Voltando ao Nelson, contam que com a história da mulher gostar de apanhar, a própria mulher sofreu com isto, pois todo perguntava a ela se já tinha apanhado naquele dia determinado. Até que ela cheia com aquilo tudo o forçou a dar uma explicação. E, ele deu, mas na sua maneira: - "se a pessoa é burra e não entende o que quis dizer, problema dela. Burro nasce que nem capim." Ele não tinha jeito mesmo.

1.000.000 de casas?

Leio na mídia que o governo federal lançou um programa objetivando o financiamento e construção de um milhão de residências.
O custo da farra será de 40 BILHÕES DE REAIS.
Disseram ainda que o governo bancará a inadimplência. Maravilha, posso comprar uma casa que, se eu não pagar, alguém pagará para mim. Nada melhor.
Velhas lições de contabilidade dizem que para todo o débito deve corresponder um crédito. É por isso que naqueles grandes balanços que aparecem seguidamente nos jornais as duas colunas sempre tem o mesmo resultado.
Logo, se o governo precisará de 40 bi, alguém deverá pagar esta bagatela.
Como está na moda a escolha múltipla eu apresento aqui as minhas.
Pergunta:
Quem pagará a conta do um milhão de casas do Lula Lá?
a) O contribuinte brasileiro
b) Os empresários
b) Os banqueiros
c) Os políticos
e) Os adquirentes das residências
A massa contribuinte efetiva do Brasil deve girar em torno de 40.000.000 de pessoas. Assim, para financiar 40.000.000.000 resultará em 1000 para cada um de nós os trouxas de plantão, como sói acontecer.
É claro que é um deboche. Este plano não sairá do papel. Ou melhor, até sairá mas não do tamanho apregoado. Mas isso não importa, o que interessa é a propaganda: o governo dará 1.000.000 de residências ao sem casa. O resto é perfumaria.

quarta-feira, 25 de março de 2009

UM ENSAIO SOBRE A TOLICE

(Iniciei o texto rindo, pois os meus leitores dirão: outras?)

Para conceituar tolice, podemos dizer ser sinônima de bobagem, besteira, bobice, disparate, parvoíce, estupidez, burrice, jericada ou asnada. Em suma, alguma coisa feita fora da razão normal.
Pois, a tolice, ao que parece, nasceu com o mundo. Não por outro motivo que Heráclito, isto lá por 500 antes de Cristo já dizia que os tolos sempre foram a maioria no mundo. Ora, Heráclito, eles ainda o são.
É claro que ninguém está livre de dizer tolices. O problema é quando as dissemos com solenidade (Michel Montaigne). Hoje em dia, este tipo é predominante, principalmente na política. Um presidente no Afeganistão, por exemplo, disse em discurso no nordeste de seu país:
- Minha mãe, que nasceu analfabeta...
O estranho é que o povo afegão vai ao delírio com este tipo de frase do seu presidente, talvez se explique a sentença de Baltasar Gracián y Morales: “A multidão se encanta com a tolice.”
Tem gente que tenta dizer algo na essência verdadeira, mas na hora de falar, se atrapalha nas palavras ou assunto, e saí uma enorme besteira. Maluf comentava o problema dos estupros seguidos de morte em São Paulo, querendo dizer que se a intenção do agente criminoso era o crime sexual, não havia porque matar, saiu com esta asneira: - Estupra, mas não mata. Vai levar para o túmulo a asneira, pois não há como consertar tamanha tolice.
Existem frases famosas que ilustram nossos livros de história, mas que, se olharmos a fundo, veremos que se trata somente de uma grande tolice. O enorme exército de Xerxes estava para massacrar os gregos, quando Leônidas e 300 espartanos e mais cerca de 7000 outros gregos resolveram segurar os mais de 300.000 persas no desfiladeiro das Termópilas. Lá pelas tantas, disse um dos soldados ao Leônidas: General, as flechas dos inimigos serão tantas que escurecerão o céu. Respondeu balaqueiro o comandante – Melhor, combateremos à sombra.
Existem tolos que são teimosos. Certo Publílio Siro, contemporâneo de Júlio César (mais ou menos I século a.C) dizia que tolo é aquele que naufragou duas vezes os navios e continua a por a culpa no mar. Este também era pensamento do chato do Jean Paul Sartre autor da frase: - “Ninguém deve cometer a mesma tolice duas vezes, pois, a possibilidade de escolha é muito grande.”
“A maioria dos tolos se acha engraçado, quando na verdade não tem é juízo” (François de La Rochefoucauld). Eles acham que dizendo a besteira com graça, passam por inteligentes.
O grande perigo é a tolice dita por uma pessoa inteligente. Neste caso, a pessoa dá um jeito de parecer erudita disfarçando a bobagem, em suma camuflando a realidade.
Outro problema é a besteira sendo repetida por milhares de pessoas, acaba ficando com cara de verdade, quando continua sendo uma tolice.
O esporte, então, é pródigo em tolices. No futebol, um time está ganhando de dois a zero, anuncia o narrador ou o comentarista: - “O placar é muito perigoso...” Tentam explicar que um time está ganhando de dois a zero, e o adversário faz um gol e fica empolgado, com isto vai para cima do time que está ganhando e acaba empatando e até ganhando o jogo. Ora, Santa Asneira, é perigoso na verdade para o time que já está levando 2x0, pois o mais comum é que leve mais um gol.
Querem ver outra asneira do futebol? Um time tem um jogador expulso. Dizem os doutos narradores: - O time que está desfalcado do jogador expulso se multiplica querendo todos os outros jogadores compensar a falta de um deles, e acabam superando o adversário completo. Bom, neste caso, quem sabe já começa o jogo com dez?
A imprensa também fornece muito material. Os repórteres policiais: “Joãozinho das Candangas morreu ao dar entrada no Pronto Socorro.” “Uno Mille bateu de frente em carreta na Free Way, motorista do automóvel morreu ao dar entrada no nosocômio municipal de Porto Alegre.” Acho que o Prefeito tem que mandar olhar o que existe de perigoso na entrada do HPS, pois está matando gente...
Um bom fornecedor de tolices é o estudante. Pergunta a professora: - A união faz a ...? Responde a turma em uníssono: ...çucar. A professora apresenta na prova um triângulo retângulo, com um cateto com 2cm e outro com 3 cm, no lado da hipotenusa põe um “x”. Determina: ache o “x”. Claro, a mestra queria que o aluno usasse a Teorema de Pitágoras. O aluno não teve dúvida assinalou um círculo em redor do “x” e escreveu: - Achei, ta aqui fessora(sic). Este último caso eu via a prova, não se trata de ficção.
Quando a gente quer dar um presente bom e não tem dinheiro, o que se faz? Compra um presente simples e capricha na embalagem. Pois, Nicolas Chamfort (pensador francês) já dizia: “Há tolices bem embaladas, assim como há tolos bem-vestidos.” Assim, a gente lê muita tolice por aí bem embaladinha e que para a maioria passa como se fosse verdade.

domingo, 22 de março de 2009

CRIME DE BAGATELA, ATIPICIDADE?

Mesmo sujeito a chineladas da Gabriela(minha filha) e da Virgínia(minha colega e amiga), hoje vou dar um palpite na área penal.
Quero falar de decisão do Supremo Tribunal Federal que considerou atípicos crimes de furto de pequenos objetos, tais como um violão e caneta.
Acho este tipo de decisão muito temerária, pois o que impede alguém de surrupiar as coisas dos outros é exatamente a possibilidade de defesa da vítima em primeiro lugar e em segundo o poder do Estado de processar, julgar e aplicar pena.
A regra penal não foi feita para "a priori" punir as pessoas, mas sim para passar um aviso de que não se deve proceder da forma tipificada, ou seja, descrita na regra penal.
Tirando-se esta regra dos pequenos objetos ou de valor insignificante ficaremos somente pendurados nos elementos ligados à ética moral ou religiosa para nos afastar deste tipo de conduta reprovável.
Também acho que a pessoa não deve ir para a Penitenciária por isso, mas deve sim sofrer um processo judicial, onde receba uma pena alternativa, a qual conterá em primeiro lugar a reposição do objeto furtado e a segunda uma sanção de ordem social, tal como prestação de serviço comunitário.
Se furtar pequenos objetos não se constituir mais crime, as lojas de artigos 1,99 estarão em xeque. Qual será o limite do objeto tomado para que não constitua ilícito penal?
Em suma, acho que devem continuar sendo tipificados como crime, processados e punidos, mas dentro da proporcionalidade do delito cometido. Cá entre nós, não se constitui nenhuma novidade o que estou dizendo, pois tenho boa companhia, a de Beccaria, por exemplo, em Dos Delitos e das Penas, veja: " ...à medida que as almas se tornam brandas no estado social, o homem faz-se mais sensível; e, se se quiser conservar as mesmas relações entre o objeto e a sensação, as penas precisam ser menos rigorosas."
Continua o mestre: "Se as leis são cruéis, ou serão modificadas logo ou não poderão vigir e deixarão o crime sem punição."
Vejam, o STF não quer que as pessoas saiam por aí a furtar umas as outras, só acha exagerada a pena, logo como disse Beccaria nega-se a vigência da lei e deixa o crime sem punição haja vista o exagero da pena.

SENATUS POPULUSQUE BRASILIS

A população brasileira, a partir dos últimos escândalos do Senado Federal, está abrindo os olhos para entender que se trata de uma instituição falida, desnecessária, perdulária, tão-somente para não usar outros adjetivos menos sutis. Pessoas mais bem informadas, tais como eu sem falsa modéstia, sabem do que se está tratando.
O Senado Federal é composto por 81 senadores, sendo três por Estado membro. Dois são eleitos numa eleição, com mandato de 8 anos, e um é eleito no quarto ano seguinte, também por 8 anos.
Acontece que o Senado Federal conta com mais de 100 funcionários por Senador. Agora, se descobriu que tinha 181 diretorias na casa legislativa. Para tapar o sol com a peneira eles resolveram exonerar dos cargos tão-somente os funcionários efetivos, pois estes em tese nada perderiam, pois seriam apeados dos cargos, mas teriam os vencimentos incorporados aos seus vencimentos de forma definitiva. Já com os chamados CCs - Cargos em Comissão foram mantidos haja vista que as respectivas demissões implicariam ir para o olho da rua, o que nem passa pela cabeça dos Senadores.
O Sistema bicameral é tradição desde o Império, mas ele se mostra totalmente inútil. Cópia de má qualidade da Câmara dos Lordes inglesa, que faz par com a chamada Câmara dos Comuns, divide com o equivalente desta última no Brasil, ou seja, com a Câmara dos Deputados.
Seus únicos argumentos válidos são de que se trata de um parlamento de pessoas mais experientes, destinada a ser revisora da outra casa – a Câmara dos Deputados- esta com tendência mais reformista, e menos conservadora.
O Senado Federal poderia deixar de existir, e o único prejuízo seria o dinheiro que sobraria nos cofres da nação, o qual certamente o governo daria outro destino, talvez também tão-pouco nobre.
A Câmara dos Deputados embora seja necessária à nação democrática e republicana também é exageradamente grande. Se o Senado Federal com 81 Senadores já é demais, imaginem o que se pode falar dos 513 Deputados Federais. Estes distribuídos entre os Estados Federados de forma desigual ao numero de eleitores.
Este quadro foi construído durante o governo Geisel, o qual nos deixou esta herança maldita. O velho general necessitava manter a ARENA no poder, aí ter superestimado o número de deputados no nordeste em detrimento das regiões sul e sudeste.
Como as mudanças, necessariamente, têm que passar pelos próprios deputados e senadores, e tendo o nordeste e o norte a maioria não deixará passar qualquer proposta de mudança.
O recentemente falecido Clodovil tinha uma proposta ótima para diminuir o número de deputados. Qual a chance de uma proposta destas progredir: zero à esquerda...
O Supremo Tribunal Federal decidiu diminuir- corretamente – o número de vereadores, pois os deputados e senadores imediatamente correrão a votar projeto de lei retomando o número de edis.
Lamento informar que este estado de coisas vai se perpetuar, aliás, a tendência é piorar.
Busquei um provérbio da antiga Roma que dizia mais ou menos assim: “Senatores boni viri; senatus autem mala bestia.” Traduzindo seria mais ou menos assim: os Senadores são boas pessoas; mas o Senado é uma peste. Pelo que dá para ver neste antigo provérbio nada mudou.

sábado, 21 de março de 2009

TURMA DE 79 DIREITO-UFRGS COMEMORA



Alguém já falou ou escreveu que a gente deve desconfiar das pessoas que não gostam de crianças ou animais. Pois, eu acrescentaria mais uma categoria: aquela dos que não gostam confraternizar com os seus antigos colegas. Por que alguém não gosta de reviver momentos interessantes que passou na faculdade, por exemplo.
Embora eu e Lourdes não tenhamos feito parte da comissão de formatura, com o passar do tempo, fomos incluídos na turma que promove as festas de formatura da faculdade que cursei. É claro que se trata de um grupo não só de colegas, mas de amigos, pessoas sobre as quais temos uma grande amizade.
Pois, este pequeno grupo tem grande dificuldade para reunir pelo menos parte da turma. Não se diga que é agora, já passados 30 anos da colação de grau, pois no primeiro ano, já foi complicado.
Começaremos esta semana com um encontro no Restaurante Copacabana, às 20horas da próxima sexta-feira as articulações para o encontro geral que se dará provavelmente no mês de novembro próximo.
Trata-se dos 30 anos de formatura na Faculdade de Direito da UFRGS. A nossa esperança é que este número bonito e redondo atraia um grande grupo para que se tenha uma bela festa, assim como foram as de 10, 20 e 25 anos, das quais guardam lindas lembranças.
Se por um lado existem colegas que não querem comparecer, temos também colegas que nos prestigiam vindo de muito longe, o que dá um gosto muito especial, e uma bela sensação de ser querido pelos antigos colegas.
Este nosso pequeno grupo organizador tem uma situação que é bem interessante: temos três casais, onde o par se formou nesta mesma turma. É o meu caso e Lourdes, João e Virgínia, Vitor e Margarete. Assim, somente com a presença dos três casais, já temos a presença garantida de seis formandos de 79, o que já constitui uma boa reserva.
Temos ao longo destas festas contado com alguns professores que vêm nos prestigiar, entre os quais o paraninfo Dr. Marco Aurélio, Dr. Vasco Della Giustina e Armando Farah.
Publico junto com este texto uma foto de parte da turma de 79 tirada em uma das últimas festas, e mais uma da própria Faculdade de Direito.

sexta-feira, 20 de março de 2009

MUDOU O FILME OU EU MUDEI

Eu costumo dizer que meus filmes favoritos são: SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS, OS GIRASSÓIS DA RÚSSIA e CINEMA PARADISO. É claro que existem outros filmes que admiro muito.
Nâo é que esta semana a Net passou GIRASSÓIS DA RÚSSIA tendo eu assistido mais uma vez. Que decepção! Achei um filme muito comum, uma história simples, quase uma cópia do DR. JIVAGO - outro clássico do cinema mundial - cujo ator principal foi Omar Shariff.
Os Girassóis da Rússia foi dirigido por Vitório de Sicca, interpretações de Sophia Loren e Marcello Mastroiani, tendo estreiado em 1970.
Inobstante este minha nova visão da fita, ela constitui um clássico, e os clássicos não tem época, são perenes, ou seja para sempre.
Por que tive esta visão diferente? A resposta é evidente: eu mudei. Assim, este tipo de melodrama não me atrai mais. Os meus interesses em matéria de cinema são outros.
Estou em época de resistir a cliches, logo eu um conservador confesso.
Não gosto de assistir filmes, onde na primeira cena eu já sei o final. Gosto mesmo é de ser surpreendido, como, por exemplo, em SEXTO SENTIDO com Bruce Willis.
Estou tão chato para assistir cinema que as vezes fico na NET clicando furiosamente o controle remoto e não acho nada para ver.
Será que não gosto mais de cinema?

quinta-feira, 19 de março de 2009

NÃO TEM DESCULPA

No último artigo, onde eu falava do livro do Viana Moog eu fiz menção “an passant” ao livro de Gilberto Freyre CASA-GRANDE & SENZALA, que é grande estudo no Brasil sobre a formação do povo brasileiro.
Darcy Ribeiro disse que a obra é o maior dos livros brasileiros, e o maior brasileiro dos ensaios que escrevemos. Chegou a equiparar Gilberto Freire no exame do Brasil cultural a Cervantes e Camões.
Acontece que eu não tinha lido o livro, embora tivesse conhecimento de seu conteúdo e do seu autor.
Fui até a livraria Siciliano ali na Rua da Praia e o comprei por exatos R$78,00 reais.
Na verdade, não quero falar especificamente da obra de Freyre que ainda não li, mas do seu preço.
Trata-se de um livro com mais de 600 páginas, trazendo um clássico das letras brasileiras; de um autor que, como se pode ver acima, não encontra par em nosso meio, só sendo equiparado aos grandes autores internacionais eternamente reconhecidos. Isto quanto ao conteúdo intrínseco, pois quanto ao formato também é irretocável, pois, vem em grande brochura com papel de muito boa qualidade , em letra padrão, trazendo ilustrações e gravuras.
Agora, comparemos com os demais preços que existem por ai: ingresso para uma partida de futebol fica entre R$40,00 e R$60,00 reais; ingresso de teatro entre R$50,00 e R$200,00; jantar para duas pessoas em boa churrascaria R$80,00; CD de música sertaneja R$40,00; DVD de filme ruim R$70,00; garrafa de uísque importado de média qualidade R$80,00. Ou seja, o custo do livro não é tão caro a justificar a falta de leitura de nossa população.
Estou falando de livro novo, pois em sebos é fácil encontrar obras clássicas por cinco reais. Em resumo, quem quer ler lê ( que lindo cacófato kekelelê, hehehe).

quarta-feira, 18 de março de 2009

BANDEIRANTES E PIONEIROS – COMO ENTENDER A DIFERENÇA

Vianna Moog (1906-1988) foi um dos melhores escritores gaúchos e do Brasil. Pertenceu a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira que hoje pertence ao também gaúcho Carlos Nejar, grande poeta. O melhor livro de Vianna Moog chama-se BANDEIRANTES e PIONEIROS, tendo o também escritor gaúcho ÉRICO VERÍSSIMO dito que a bra ficaria na história literária em mesmo nível que Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre, o que á absoluta verdade.
Neste livro magnífico, ele faz uma comparação dos Brasil e dos USA sob o ponto de vista de formação das duas civilizações. Tem ele a coragem de, exatamente como o fez Malthus, usar a matemática, quando diz que enquanto os Estados Unidos andaram numa progressão geométrica o Brasil seguiu uma progressão aritmética. Para quem não se dá bem com os números, significa que a evolução americana é 2,4,8,16,32..., enquanto a brasileira, é 2,4,6,8,10...
Em suma, um maravilhoso trabalho de comparação entre as duas culturas.
Falando, por exemplo, das religiões, ele lembra que as religiões protestantes veem Deus como objeto de glória, mas não apenas por orações, mas principamente pelo trabalho, pela ação, ou seja, pela santificação do trabalho e da iniciativa, o que não ocorria, e não ocorre, com o catolicismo, que vê o lucro como fonte de pecado.
Não se encontra mais o livro, pois a sua edição há muito esgotou. O meu exemplar é de 1954, Ed. Globo, e está autografado pelo autor. Penso que poderá ser encontrado nas boas bibliotecas gaúchas.
É deste livro a frase: “Com Calvino é que a história doutrinária do capitalismo toma corpo e alento, com Calvino é que os camelos começam a passar pelo fundo da agulha.”
Uma boa recomendação de leitura para o próximo fim de semana.

segunda-feira, 16 de março de 2009

O BOM E O MAU

A gente acha que o mundo tem milhões, trilhões e “quaquilhões” como diria onomatopaicamente (neologismo osniriano) o Tio Patinhas, célebre pato milionário de Walter Disney, de coisas diferentes. Isto não é verdade, pois Deus criou ou o acaso (Lei de Darwin- evolução) determinou a existência de somente dois elementos um em oposição ao outro. Por exemplo: o branco e o preto, o sim e o não, o bom e o mal, etc...
A partir daí são todas as coisas, pessoas, objetos, ações, acontecimentos naturais ou artificiais.
Os chineses, sempre eles, descobriram isso há milhares de anos. São deles os conceitos de yin e yang, um representado pelo escuro e outro pelo claro, ambos como elementos complementares, e toda uma filosofia de vida nasceu aí.
Na aurora de nossas vidas, estamos convencidos que somos bonzinhos, pois tudo o que fizemos ou deixamos de fazer é correto. O adolescente, então, é o protótipo de certinho. O dono da razão, de tal sorte que os veteranos e experientes pais os apelidam de “os aborrecentes”.
Quando o nosso inverno chega, reexaminamos tudo e verificamos que não fomos tão bonzinhos assim. Não é por outro motivo que a igreja vive cheia de velhos. A verdade é que, como o desenlace se aproxima, e a religião ensina que haverá uma severa prestação de contas, ninguém quer pagar para ver.
Não me preocupo com os extremos. Parênteses: aliás, não me preocupo com os extremos em todos os campos do pensamento e da atividade humana. Passo uma regua e fico com os intermediários.
Nessa linha, o que me preocupa é o pensamento médio.
A natureza não sabe o que é justo e o que é injusto. Ela aplica suas leis aleatoriamente atingindo quem estiver pela frente. Felizmente, pelo menos por enquanto, o homem não é assim. E, por que não o é? Pela simples razão da existência da ética, da moral e, por que não dizer, da religião e do estado? A ética e a moral se impõem pela pressão psicológica, a religião pela promessa e o estado pela coerção e repressão.
Se tal não fosse (e é), o mundo estaria no caos. Você pode achar que quase está, mas eu respondo que na falta desses elementos regradores estaríamos muito pior.
Estas idéias de que somos bonzinhos, ao contrário dos outros que são os maus, sobrevivem, não raro, em pessoas de mais avançada idade, e é típica dos governantes. Todo prefeito, governador ou presidente acha que não carece haver sua substituição, pois é tão bonzinho para o povo.
O engraçado nesse campo é que há um dia na vida do individuo, e, não falo dia como um fenômeno físico, mas como uma passagem da existência, em que ele percebe que não é o bonzinho fabricado por seu ego, mas o verdadeiro diabinho comandado pelo id, a despeito das reprimendas passadas pelo superego, somente para repassar as lições de Sigmund Freud.
É claro que tive este momento, e, por falar nisso acho que ainda não passou. A cada momento vou descobrindo a partir das dicas que me deram meus afetos e amigos quanto é má minha pessoa. Não que eu deseje o mal de alguém, mas o quanto deixo de agir em socorro daqueles que tanto precisam de mim.
Busco fazer alguma coisa em proveito dos outros, mas respeito o princípio bíblico de que não se deve rezar de pé nas sinagogas, muito menos deve a sua mão esquerda saber o que bondosamente faz a direita, ou vice-versa (perdão, mas não lembro qual a mão é a boazinha e qual é a que não deve saber), mas mesmo assim sou devedor neste balanço da bondade.
Diante de todas as situações da vida, você enfrenta o momento de dizer sim ou não. Abre ou fecha. Liga ou desliga. Vai ou fica.
O sujeito que inventou o computador se deu conta disso, e criou esta máquina genial. O fez deixando de lado o sistema de números decimais para adotar o sistema binário. Por que o fez? Por razões de mecânica. O sistema binário é representado por uma lâmpada acesso ou apagada, ou ainda deixar ou não deixar passar a corrente? Ora, isso pode ser comandado por elementos automáticos comandados por eletricidade. O velho e bom sim ou não comanda todos os computadores desde o enorme e valvulado ENIAC até os modernos processadores que cabem na palma da mão.
O problema maior é quando as pessoas pensam que estamos dizendo SIM, quando na verdade estamos dizendo NÃO. A língua portuguesa ajuda muito neste ponto. Por exemplo, quando queremos dizer SIM, dissemos em português: - POIS NÃO! Contrário senso, dizer POIS SIM significa dizer NÃO. Explique isso para um americano.

ANTENA VINTE E UM

- Denúncias do P-SOL - não provadas;
- Denúncias do ex-ouvidor - OAB/RS disse que não dá para deduzir nada;
- CPERGS faz campanha contra Yeda e leva sarrafada na Assembléia;
- Mais incompetetente que a oposição de Yeda só a oposição de Lula.

domingo, 15 de março de 2009

SEGUREM AS ALÇAS AI GENTE!

No dia 29.06.2008, escrevi aqui um artigo com o título de UM GAUCHE NA VIDA. Estava eu usando a frase de Drummond. Gauche é esquerda em francês, mas aqui tem o sentido de errado.
Dizia o poeta há mais tempo, e eu na tal crônica, que todo o mundo está certo, somente a gente é que parece estar errado.
Já me acostumei com a idéia, pois sou meio camaleão, vou me adaptando às circunstâncias adversas.
A última é que não tenho direito a criticar, quando o faço sou defenestrado. Para quem não sabe fenestra em italiano é janela, logo defenestrar é atirar alguém pela janela, em linguagem comum expulsar.
Acho que as pessoas têm razão em me expulsar. Faço as palavras de WOOD ALLEN como minhas: jamais entraria num clube que me aceitasse como sócio.
Sou muito chato, pois tenho a mania de ser sincero. O mundo hoje é dos bajuladores, os populares puxa-sacos (será que ainda tem hífen – será que hífen ainda tem acento? Esta reforma!).
Não tenho medo de botar a cara para bater, mesmo correndo o risco de levar tapa nas duas bochechas.
Talvez por isso que poucas pessoas me convidem para amigo. Elas têm razão, pois correm o risco de ouvir o que não querem ouvir, ou ler o que não lhes convêm.
O meu blog, por exemplo, é muito lido, pois as pessoas comentam os meus artigos. Dizem que recomendam aos amigos e conhecidos, e muitos deles entram em contato comigo. Em compensação, não ousam escrever no blog. As pessoas que escrevem no blog são muito poucas, ninguém quer se comprometer. Elas podem concordar com o conteúdo, mas não querem assumir as minhas posições. Muitos me mandam e-mails, pois entendem que é mais reservado.
Acho que para o meu enterro vou contratar adrede algumas pessoas para carregar o meu caixão, pois é capaz de faltar gente para segurar as alças, pois podem se comprometer.

GAZETA REMUNERADA? NÃO MAIS!

A discussão entre o Governo do Estado do RGS e o CPERGS gira em torno do pagamento dos dias parados na última greve, e de qualquer maneira em todas as graves futuras.
O movimento paredista nada mais é do que uma quebra de braço entre o empregador e o empregado. O trabalhador buscando alguma reivindicação, quase sempre de natureza salarial, para coletivamente as atividade, com o que o patrão tem prejuízo, e, pressionado, tende a atender melhor os pleitos dos empregados. Por seu turno, o empregado tem o prejuízo de não receber os dias que não trabalhou por razões óbvias: trata-se de contrato de trabalho, onde se preveem obrigações mútuas. Sem trabalho não há pagamento.
É claro que numa negociação para por vim a greve é legítimo que os empregados coloquem como cláusula o pagamento dos dias parados, mas não se trata de obrigação do empregador.
Quando a greve acontece no serviço público o problema se agrava, pois de um lado temos que as pessoas prejudicadas pela falta do serviço público não é “latu sensu” o governo, mas os tomadores do serviço público, ou seja, os contribuintes. Acrescento mais: o governante que paga os dias parados está cometendo sim improbidade administrativa, pois está fazendo contraprestação daquilo que o Estado não recebeu, e pode (ele governante) ser responsabilizado.
Lula - que para trouxa não serve – percebeu isso, e, é claro, não sou ingênuo, por estar na pele do governante, e disse em alto e bom tom que greve com pagamento é férias.
Vejam bem a manifestação dele:
GREVE DE SERVIDORES: "Meu comportamento com relação à greve não é um comportamento de presidente da República. A greve no setor público não deveria ser feita como se faz a greve numa fábrica. Quando nós fazemos uma greve numa fábrica, quando um trabalhador faz uma greve num comércio ou numa fábrica, o que ele está fazendo? Ele está tentando causar um prejuízo econômico ao patrão, para que o patrão possa ceder às suas reivindicações e, aí, ele voltar a trabalhar. No caso do servidor público não tem patrão, e o prejudicado, na verdade, não é o governo, é o povo brasileiro. Nós queremos, ao mesmo tempo em que discutimos esse assunto com eles, regulamentar também o contrato coletivo de trabalho para garantir ao servidor público que ele seja tratado democraticamente, como qualquer servidor é tratado em qualquer parte do mundo. O que não é possível, e nenhum brasileiro pode aceitar, é alguém fazer 40, 50, 90, 100 dias de greve e receber os dias parados, porque, aí, deixa de ser greve e passa a ser férias".
Volto eu . Este tipo de comportamento é irresponsável de governantes pagar dias de greve é que tem levado os servidores públicos a constantes paralizações, chegando ao total de 80% de todas as greves do país, e aqui no RS a quase totalidade.
Agora, diante da atitude corajosa de Yeda vamos ver que as greves vão diminuir, e certamente os servidores públicos encontrarão outras formas de reivindicação.
A cara de pau do PT (o que cá entre nós não constitui nenhuma novidade) apoiando o pagamento dos dias parados, inobstante a manifestação clara de seu líder maior constrange seus membros mais responsáveis.
Chega a ser risível a alegação de que os grevistas compensam futuramente os dias parados. Eu que estudei em escola pública toda a minha vida (primário, ginásio, científico e universidade) sei que as recuperações são frias como bunda de pingüim. Eles mandam fazer trabalhos, marcam aulas para o sábado quando ninguém vai, e todo o tipo de manobra para fingir que recuperam. Não existem as tais recuperações de aulas. Pelo menos eu nunca vi. Se alguém viu que me conte que eu publicarei a raridade.

sábado, 14 de março de 2009

PUXA TEMPO, SEJA BONZINHO

A verdade é que levei um susto. A Defensora Pública e querida amiga Virgínia Ghisleni me mandou um e-mail me convocando para os preparativos da festa comemorativa dos 30 anos de formatura. O fato é que quase cai da cadeira. Puxa, 30 anos passaram como o vento, não tinha me dado conta que é este ano.
Temos que comemorar este 30 anos com muita festa, inobstante o último ano não ter sido bom para a nossa turma, pois perdemos dois queridos colegas, ambos juízes, muito moços, ambos com pouco mais de cinquenta anos.
Sem medo de cair no óbvio, parece que foi ontem que estávamos lá no castelinho rosa da João Pessoa assistindo as aulas de nossos mestres, muitos deles de nossas boas relações até hoje, outros que partiram deixando saudades.
Nossos colegas estão espalhados por este mundo de Deus, teremos uma grande tarefa em tentar reunir o maior número possível deles no mês de novembro deste ano.
A última reunião foi a que comemorou os 25, onde a estiverem presentes em grande número colegas e cônjuges, numa memorável festa da qual lembro cada detalhe.
Só acho que o tempo está passando rápido demais. Acho que vou ter que ler S.Agostinho de novo, para me reconvencer (desculpem o neologismo) que o tempo não existe, e que constitui mero ponto de referência.

sexta-feira, 13 de março de 2009

UMA NOVA GUERRA DO PARAGUAI. ESTA PERDEREMOS

A seguinte notícia saiu na Folha de S.Paulo de hoje (13.03.2009): “O Paraguai pode elevar para até US$ 1,8 bilhão o valor que o Brasil paga anualmente pela energia procedente da hidrelétrica de Itaipu, contra os atuais US$ 109 milhões, afirmou o presidente paraguaio, Fernando Lugo, em uma entrevista ao jornal espanhol "El Mundo". "Hoje recebemos US$ 109 milhões ao ano de Itaipu e nos oferecem subir a US$ 200 milhões. Nós queremos pelo menos de US$ 1,2 bilhão a US$ 1,8 bilhão por ano", respondeu Lugo ao ser questionado se o Paraguai renegociará os tratados das hidrelétricas que administra com o Brasil e a Argentina. "Lutamos por um preço justo, o do mercado. O Paraguai é um país pobre que, de alguma maneira, está subsidiando a energia do Brasil", disse. O governo de Lugo questiona o preço que o Brasil paga pela energia paraguaia, da qual Brasília tem prioridade de compra. O presidente paraguaio quer esgotar os meios bilaterais, mas deu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o prazo de um ano para um acordo. "Se neste tempo não tivermos resposta...", afirmou, sem completar a frase. "Agora a energia vai diretamente para o Brasil, não sabemos nem sequer quanta. Falta alcançar o preço justo e a livre disponibilidade da energia", destacou. “
Falo eu: o Brasil construiu sozinho a grande represa de Itaipu. A sua única vantagem é exigir que toda a energia não gasta pelo Paraguai em sua quota fosse vendida para o Brasil. É evidente que o preço não pode ser o de mercado. O Brasil tem encargos pesados com o contrato, pois é obrigado a comprar todo o excedente de energia paraguaio mesmo que não precise dele.
Pois bem, estou aceitando apostas que o governo do Lula Lá vai abrir as pernas de novo, como sói acontecer, e vai ceder a pressão e ameaças paraguaias. Vai fazer uma onda, como se estivesse sendo valente e por baixo do pano vai ceder a todas as exigências dos paraguaios, tudo de olho numa droga de cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Sonho de Lula Lá que nós teremos que pagar o custo.
Quem viver verá....

quinta-feira, 12 de março de 2009

INTELIGÊNCIA NACIONAL

Órgãos de inteligência existem em todo o mundo. Eles são os olhos e os ouvidos do governante. Servem para manter o governo informado de antemão sobre o que está acontecendo no país.
Durante muitos anos o responsável por este serviço no Brasil foi o chamado SNI, ou seja, Serviço Nacional de Investigações. Era o responsável pela coleta de informações por todo o país, em todos os âmbitos e cujos relatórios e informes eram entregues à Presidência da República para exame e eventuais providências.
Ora, esses órgãos de informações lidam com pessoas infiltradas, escutas telefônicas, informantes, câmeras estrategicamente colocadas, enfim, toda uma parafernália necessária a antecipação de acontecimentos.
O antigo SNI arregimentava principalmente seu pessoal entre as forças armadas e polícias militares locais.
Nestes novos tempos, os investigadores do atual serviço de inteligência chamado ABIN recebem bordoadas de todos os tipos, principalmente da imprensa que os chama de arapongas, pejorativamente. Fazem pilhérias como se os agentes não fossem dotados de qualquer tipo de inteligência.
Esse tipo de pressão levou a algumas situações ridículas que fariam o Brasil ser objeto de gozações em todo o mundo. Uma dela é que os agentes passaram a ingressar no serviço mediante concurso público. Não é preciso ser muito esperto para entender que isso significa lista de futuros agentes secretos publicada no Diário Oficial. Quando falo nesta besteira me lembra a velha piada de que o serviço secreto português desfila com crachás no seu feriado nacional. Estamos bem perto disso.
Há pouco tempo o governo do Lula Lá proibiu a investigação pela ABIN de altas autoridades da república. É claro que uma pergunta se impõe? O que teriam a esconder?
Existia uma série enlatada inglesa, que depois virou filme, chamada Missão Impossível. Cada episódio iniciava com o chefe da chamada equipe M.I. ( Missão Impossível) recebendo em fita (ainda de rolo), em lugar previamente combinado, a missão a ser cumprida, no final da gravação que se desintegrava a pessoa dizia que se o agente for pego o Secretário negará qualquer ligação que ele. Esta é uma regra para qualquer agente secreto. É evidente que eles realizam trabalhos legalmente proibidos, mas faz parte deste tipo de trabalho e um risco que seus agentes sabem correr desde que ingressam no serviço.
O incrível no Brasil é que quando um agente deste pega um político com a boca na botija este, e toda a sua clã e parte da imprensa sai a perseguir o investigador responsável pela investigação deixando o larápio à solta. Realmente, é a inversão de todos os valores.
Países com sistema de segurança e investigação altamente sofisticados como os USA, REINO UNIDO e ESPANHA, não raro são surpreendidos com ações de terroristas, o que se dirá de um país que abre mão da segurança inteligente?
Como sempre digo: a burrice é um bem nacional a ser preservado.

terça-feira, 10 de março de 2009

AS PESSOAS, ESTAS DESCONHECIDAS

Estava vendo “an passant” o muito bom programa do Rolando Boldrin, quando ouvi de um dos convidados a seguinte frase: “Como são boas as pessoas que a gente não conhece.”
Não sei se a frase era dele, e também não lembro o nome. Sei que ele estava a cantar uma canção do lendário Kid Morangueira, ou seja, uma personagem do impagável Moreira da Silva.
Certo dia, eu falei que os nascidos sob o signo de escorpião são pessoas que acreditam em todo mundo, mas que ao reconhecerem na pessoa algo que lhe desagrada, nunca mais tornam a tratar a pessoa da mesma maneira. Em suma, o escorpiano é rancoroso. Guarda o ressentimento em seu íntimo. Cinqüenta anos passados dos acontecimentos ele ainda se lembrará da frustração a que foi submetido ao acreditar naquela pessoa que traiu seu sentimento inicial de boa fé.
Não adianta se queixar de mim é o instinto.
Lembram daquela história antiga, onde um escorpião desejando atravessar um rio pediu carona ao cavalo. Este sabiamente negou, dizendo que corria o risco de o escorpião lhe cravar o ferrão. O escorpião disse que não seria tolo, pois se o fizesse morreriam os dois. Diante deste argumento, o cavalo deixou que o escorpião subisse nas suas costas. Chegando ao meio do rio, o escorpião cravou o ferrão no cavalo, o qual protestou: - Você prometeu que não faria... Respondeu o escorpião: - desculpe-me, mas é o instinto.

domingo, 8 de março de 2009

EXCOMUNHÃO EM PAUTA

Uma menina foi estuprada pelo padrasto. Pela lei brasileira é possível a prática do aborto em vítima de estupro. Constitui uma das poucas exceções permitidas pelo nosso ordenamento jurídico.
O Estado brasileiro é laico, logo não precisa seguir os ditames de qualquer religião. As regras de cada religião atingem tão-somente os participantes daquele credo especificamente.
Daí, eu achar estranho que os jornais gastem laudas e mais laudas em sentar o malho contra os bispos católicos que disseram se tratar de caso de excomunhão a execução de aborto no caso da menina que foi estuprada.
Em primeiro lugar, os que estão criticando são ateus, agnósticos ou professam outra religião, logo não tem que ter qualquer tipo de preocupação com o que dizem ou deixam de dizer os padres da Igreja Católica.
Em segundo lugar, os líderes católicos somente aplicaram o que lhes determina o Código Canônico, certo ou não lá está:
Can. 1398 – « Qui abortum procurat, effectu secuto, in excommunicationem latae sententie incurrit. »
Outra fonte de discussão é que os líderes católicos declararam que o aborto é pior que o estupro. Acontece que o entendimento dos religiosos é que o aborto constitui o assassinato de um ser, haja vista considerarem a concepção como início da vida, e que, portanto, o resultado do estupro, ou seja, o abalo psicológico e moral é tido como conseqüência menor do que morrer.
Em regra sou contra o aborto, pois entendo que, em existindo vida, e há no útero materno, ela não pode ser tirada por terceiros, incluindo a mãe. O feto tem coração, tem cérebro, tem sistema nervoso, logo é um ser vivo que ainda não foi expulso de sua casinha provisória.
Também não acho que a hospedeira tenha direito de vida e morte sobre o feto, se é verdade que tem direito ao seu corpo, também é verdade que o bebê não lhe pediu para estar ali, e se tivesse direito de escolher certamente não teria escolhida esta mãe que está a fim de lhe eliminar.
É claro que sou a favor dos chamados abortos terapêuticos ou necessários, inclusive no caso de estupro, e especialmente no início quando não é mais que uma mórula, pois se posso aplicar o mesmo princípio nos casos de exclusão de ilicitude, tais como legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e inexigibilidade de outra conduta. Mas, mesmo assim, compreendo a posição dos religiosos.
Entendo, assim, que eles têm o direito de pensar diferente, não sendo justo que sejam expostos ao ridículo como vem fazendo a nossa imprensa.
Alguns dizem: porque não excomungam o estuprador. Ora, o fato de excomungar os que praticaram o aborto não significa que levem livro e solto o criminoso. Ele também cometeu – sob a ótica da Igreja – um pecado grave, e deve ser punido na forma da lei. Os líderes da Igreja não podem sair por aí a praticar atos sem amparo legal do Código Canônico.
Se os que praticam os atos não são católicos, a punição religiosa cairá no vazio. Se forem estarão sujeitos ao que foi decidido pela cúpula católica. Se estiverem descontentes definitivamente devem entender que não podem continuar dentro desta religião, pois em seus ditames estão os que foram aplicados pelos bispos. Elas não podem estar dentro da Igreja aplicando somente o que lhes convêm.
Quanta asneira tenho ouvido por conta destes episódios. Gente que não entende nada de direito penal muito menos de religião fica dando palpite furado.
É claro que todos podem tecer opiniões e distribuí-las, tal como o estou fazendo aqui, somente não podem manipular os fatos e as leis ao seu bel prazer.

sexta-feira, 6 de março de 2009

“NO LOS SALVAN NI LOS SANTOS”

Volta e meia, tal como os antigos livros de cabeceira torno a reler Martin Fierro de José Hernandez, o qual só tem par no Brasil através de Amaro Juvenal (heterônomo de Ramiro Barcellos) e seu Antonio Chimango.
Os versos são maravilhosos inda mais no original espanhol, que é muito mais sonoro, e, portanto, melhor para a poesia.
Vejam que belo e profundo:

(Canto II, 48)

Ansí empezaron mis males
Io mesmo que los de tantos.
Si gustan…en otros cantos
Les diré lo que he sufrido.
Después que uno está perdido
No lo salvan ni los santos.

Na verdade, o que mais me interessou foi o final: depois que um (o homem) está perdido não os pode salvar nem os Santos.
Mesmo quando eu entendo que alguém está perdido, eu não me conformo buscando a solução para o problema. Mas a verdade é que minha luta quase sempre é inglória.
Busco há muito tempo o por quê disso. Sabe qual é a resposta única que encontrei: as pessoas buscam o seu destino, quase numa auto-agressão, tal como o fez a advogada lá na Suíça. Ela não quer cura; quer dor. Muitas vezes, não o quer propriamente para si, mas para outros.
O busílis está no instinto e não na razão, daí a dificuldade. Não raro, existe desapropósito, ou seja, não há qualquer intenção ou propósito nas atitudes do desencaminhado.
Bem e aí? Bueno, como diria Hernandez, neste caso, “No lo salvan ni los santos.”

"É REINADO DA PLEBE"

Outro dia, disse uma colega disse dirigindo-se a uma chefia:
- Quem sou eu para dizer tal coisa?
Fiquei indignado na hora: por que uma humilhação desta?
Temos que ter amor próprio valorizar a nossa pessoa.
As aparências enganam. Nem sempre, nas pessoas de mando estão as virtudes. Não raro, elas estão nas pessoas mais simples.
Por outro lado, estas não podem, e não devem, se contentar com esta posição.
Friedrich Nietzsche em Assim Falou Zaratrusta diz: “... agarrou a mão do feiticeiro e falou, todo solicitude e solércia: “Pois muito bem!Ali em cima passa o caminho, lá está a caverna de Zaratrusta. Podes procurar dentro dela aquele que desejas achar. ... E pede conselho aos meus animais, à minha águia e à minha serpente: deverão auxiliar-te na procura. Mas a minha caverna é grande. ... A verdade é que eu mesmo – ainda não vi nenhum grande homem. Para o que é grande, os olhos mais sutis são grosseiros, hoje em dia. É o reinado da plebe. ... Já várias encontrei, a dilatar-se e inchar, enquanto o povo exclamava: “Olhai eis um grande homem!” Mas que aproveitam todos os foles? No fim, o vento sai..."
Segue Nietzche mais adiante: “ O dia de hoje é da plebe: quem ainda sabe o que é grande, o que é pequeno!
Volto eu: quem pode nos valorizar se não o fazemos em causa própria?
Podemos achar ( ou criar ) um grande homem dentro de nós.

quarta-feira, 4 de março de 2009

EXCEÇÃO DA VERDADE

Tem vezes que eu perco a paciência.
(Dizem as más línguas que isso tem acontecido muito ultimamente, mas é intriga)
Um par de deputados de um partido nanico resolveu acusar a não menos ilustre Governadora do Estado Yeda Crusius, sem qualquer prova.
Quando foram pressionados a apresentar os comprovantes de suas alegações disseram que não havia problema, pois alegariam a exceção da verdade.
Vamos examinar por cima o assunto, o qual não é tão simples quanto escrevo, haja vista que o faço para um público não versado, exceto alguns bacharéis ilustres que fazem parte do meu rol de amizade, e que, a rigor, não carecem de ler estas explicações. Mas vamos lá.
Entrei na minha máquina do tempo, e fui lembrar as aulas do saudoso professor Paulo Pinto de Carvalho, Procurador de Justiça, e do atual Ministro Substituto no Superior
Tribunal de Justiça, o Professor Dr. Vasco Della Giustina.
Pelo que recordei exceção da verdade é o direito que tem o acusador de, em provando ser verdadeiros os fatos, em tese caluniosos, de se livrar da acusação.
O crime de calúnia é a atribuição que se faz a alguém de ter cometido um ato previsto como crime. Neste caso, cabe sempre a exceção da verdade. Se eu acuso alguém de ter comedido um ilícito penal, e posso levantar a exceção da verdade, provando que realmente o agente cometeu mesmo o crime do qual lhe acusei. Evidentemente, o ônus da prova é meu.
O crime de difamação é “latu sensu” revelar maldosamente, em público, sem a presença do outro, um ato desabonatório. Neste caso, cabe exceção da verdade quando o agente for funcionário público, não cabendo aos comuns mortais este direito. Assim, se eu saio espalhando que alguém é venal, e este for funcionário público, eu posso provar que realmente ele o é.
O crime de injúria que é “latu sensu” desaforar alguém não cabe em hipótese nenhuma a exceção da verdade. Assim sendo, se eu chamar alguém de bêbado e este é um conhecido pinguço eu respondo assim mesmo pela injúria.
Ora, no caso em tela, a governadora foi acusada de ter cometido crime, logo cabe mesmo a exceção da verdade, mas quem deve provar é a acusadora e não Yeda. Todo o ônus da prova cabe a quem acusou, não pode passar o abacaxi para o Ministério Público, e sair à francesa.

terça-feira, 3 de março de 2009

POBRE MARINA

Certa feita, alguém mais chegado disse que Marina era uma louca, tipo pancada mesmo, disse eu que garantia não sê-la, pois não deveríamos ser intolerantes com ela, pois poderia estar tão-somente inconsciente, e ser confundida com uma grossa, mas no fundo era gente muito fina.
Alguém mais afoito poderia considerá-la mentirosa, mas acho que não era o caso, pois é arrependida, e quem pede perdão merece remissão de sua pena.
Naqueles tempos, Marina se considerava uma pessoa muito autêntica, de forma alguma poderia ser considerada uma farsa, pois fazia tudo direitinho, inclusive levantava cedo, escovava os dentes com Kolynos, penteava os cabelos negros como a asa da graúna, como diria José de Alencar. Não fazia como os fariseus, nos tempos de Cristo, ou seja, não era hipócrita, de tal sorte, a rezar de pé nas sinagogas, o fazia sentada.
Os exagerados diziam que, embora sua mãe fosse uma santa, ela era filha da puta. Que injustiça com Marina! Não merecia esta pecha, pois era moça de boa família.
Havia quem a achava cínica, mas não era o caso, pois fazia tudo às claras.

segunda-feira, 2 de março de 2009

UM PROBLEMA REALMENTE SÉRIO

O mundo está vivendo um momento de perturbação econômica intensa. As bolsas de todo o mundo estão em queda. A liquidez desapareceu dos mercados. Os empréstimos sumiram.
Mas, não tem problema, pois ANA e RALF estão no paredão do BIG BROTHER BRAZIL.
O desemprego espraiou-se em todo o mundo, tal como uma novel peste negra. Até no Japão o desemprego pegou os brasileiros que lá estavam vivendo um sonho, que finalmente acabou de forma trágica.
Mas, não tem problema, pois ANA e RALF estão no paredão do BIG BROTHER BRAZIL.
Os bancos centrais de todos os países do mundo estão fazendo das tripas corações para impedir uma quebradeira geral dos bancos privados, injetando bilhões de dólares onde há pouco tempo os lucros eram abundantes.
Mas, não tem problema, pois ANA e RALF estão no paredão do BIG BROTHER BRAZIL.
Na terra tupiniquim o líder máximo chamou o problema de marolinha, pois ela está virando um maremoto e ameaça nos afogar a todos.
Mas, não tem problema, pois ANA e RALF estão no paredão do BIG BROTHER BRAZIL.
As indústrias - que ainda não faliram - estão reduzindo suas produções em todo o mundo; logo o comércio não vende; logo põe seus vendedores na rua. Gente desemprega não compra. Gente empregada também tem medo de gastar, logo também não compra.
Mas, não tem problema, pois ANA e RALF estão no paredão do BIG BROTHER BRAZIL.
Lula Lá que viveu até agora no seu governo um período de céu de brigadeiro está com a pulga atrás da orelha, com medo dos novos ventos. Obama que nunca foi presidente de nada, após imenso apoio mundial, principalmente da mídia, já está demonstrando que não deve ter forças ou competência para enfrentar a crise. Se eles continuarem a entrar chão adentro, nós vamos juntos.
Mas, não tem problema, pois ANA e RALF estão no paredão do BIG BROTHER BRAZIL.
Se a coisa continuar assim, em pouco tempo o povo brasileiro não poderá mais comprar televisão, aí não terão onde ver o BIG BROTHER BRAZIL... bem aí teremos realmente um problemão para enfrentar.

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QUEM É ESTE ESCORPIÃO?

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