sábado, 5 de fevereiro de 2011

VERANEIO À GAÚCHA

O sujeito levanta as 8h00min, toma café de glute, pega a mulher os filhos, cadeiras, guarda-sol, esteira, um isopor com uma dúzia de Brahma dentro, meia garrafa peti de coca-cola, um pacotinho de salgadinho, um baldinho uma pazinha de plástico, e se manda para a beira mar.
Lá, instala o guarda-sol, fica olhando para o mar, enquanto a sua mulher fica torrando na areia, pegando o sol de quase meio dia. As crianças ficam ali recebendo a radiação direta do sol, exatamente como impugnam os especialistas.
Por volta daS 13h, vai até o quiosque mais próximo, e compra meia dúzia de pastéis feitos em azeite velho, e enche mulher e filhos com o fast-food tupiniquim. Passa o resto da tarde com o meio furacão - dito nordestão - lhe rasgando o rosto. Volta e meia, vai até o mar e dá um mergulho naquela água gelada, e não raro, marrom, como sapato de americano. Senão morrer afogado nos buracos e repuxos, volta para debaixo do guarda-sol.
Ficar olhando para o mar em nosso litoral a tarde toda é de uma emoção sem par. Não passa sequer um barquinho de pescador, nem pássaros dão as caras por aqui.
Em compensação, tem o vizinho de guarda-sol que resolve além de tomar todas, e o que é melhor coloca o som de seu rádio na mais alta potência, e você pode curtir a mais nova porcaria musical: sertanejo universitário.
No final da tarde, todos os pimentões voltam para a casa com a certeza do dever cumprido.
Dorme a noite toda. Se os mosquitos deixarem, ele acorda no outro dia e começa tudo de novo.
Não é uma maravilha?

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