ZÉ TEIMOSO

Todo o mundo diz que eu sou teimoso. Então, eu para provar que não sou teimoso: não teimo, e concordo. É verdade que, não raro, teimo só para me divertir, mas isso já é outro história.
Tem coisas, entretanto, que sou intransigente. Quanto à lingua - a portuguesa - gosto de usar as grafias tradicionais e não os modernismos. Por exemplo, uso quatorze, ao invés de catorze; quota ao invés de cota; só parei de usar trema quando houve a reforma ortográfica, que por sinal ainda não é obrigatória.
Uso o verbo correto em protocolizar, ao invés do neologismo protocolar ( como verbo, quando é adjetivo).
Ao trocar mensagens na internet, me nego a usar abreviaturas, até por que sou exímio digitador, e abreviar ou não para mim não faz muita diferença. Tem gente que na verdade não sabe escrever, e se esconde nas abreviaturas.
Só uma inovação eu gosto de fazer quando escrevo: dar a grafia das palavras estrangeiros com o nosso som. Daí escrevo xópi no lugar de shopping; friuei ao invés de free-way. É uma vingança minha contra os sujeitos que se utilizam de termos estrangeiros em tudo. Eles não tomam cafezinho nas reuniões, mas fazem coffee breake. He he he, muita frescura.