sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

DE DANTE A LUPICÍNIO À PROCURA DE LUZ

"Há um lugar subterrâneo longe de Belzebu e tão extenso
Quanto é longa a cavidade do Inferno, lugar que, pela
Escuridade , é conhecido não pela vista, mas pelo rumor

De um regato, que desce ao centro da terra
Pela abertura de uma rocha, que a água corroeu
No seu curso tortuoso e de ligeira inclinação

Virgílio e eu entramos por aquele caminho
Caliginoso para voltar à luminosa superfície da terra;
Sem pensarmos em repousar

Subimos, ele em primeiro lugar, eu em segundo,
Até que eu vi, através de uma abertura redonda,
Coisas belas, que nos mostra o Céu;

E daqui saímos para tornar a ver as estrelas."

Trata-se de um fragmento do Canto trigésimo quarto da
Divina Comédia de Dante Alighieri.
Lembre do que escrevi outro dia, quando lembrei a música
maravilhosa de Lupicínio Rodrigues:

"...Se eles julgam
Que a um lindo futuro
Só o amor nesta vida conduz
Saibam que deixam o céu por ser escuro
E vão ao inferno
A procura de luz
Eu também tive nos meus belos dias
Essa mania que muito me custou
E só as mágoas eu trago hoje em dia
E essas rugas o amor me deixou! "

Ora, vamos nós sair deste inferno e buscar as estrelas como diz
Dante, e não como os moços do Lupi que, segundo ele,
iriam ao inferno à procura de luz.
José Osnir

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