O meu cunhado Luciano é um verdadeiro historiador autodidata. Conhecedor de história, lê muito sobre os povos antigos, entre eles os romanos. Assim é que, outro dia, me trouxe um livro sobre os doze Césares, leitura sobre a qual tenho me dedicado na última semana.
É uma obra simples escrita por um historiador da época de nome Suetônio, o qual teria vivido entre 69 e 141 DC.
Ainda não terminei, mas passei por Júlio Cesar, Otávio Augusto, Tibério, Calígula e Cláudio. Agora, estou lendo Nero, ficam faltando ainda Galba, Oton, Vitélio, Vespasiano, Tito e Domiciano.
Na verdade, encerrando Nero, terei visto os principais.
Nos meus tempos de colégio, a gente decorava os nomes dos Césares fazendo uma escalação de time de futebol, no velho e saudoso quatro, dois, quatro.
Assim, tínhamos JULIO CESAR; OTAVIO, TIBERIO, CALÍGULA e CLÁUDIO; NERO e GALBA; OTON, VITÉLIO, VESPASIANO e TITO, com DOMICIANO na reserva. Sobrava o pobre Domiciano pois, mesmo sendo dos poderosos Césares, o time não podia jogar com 12.
Trata-se de uma obra fantástica para quem, como eu, gosta de estudar a embriagues provocada pelo poder, e principalmente os seus limites – ou a falta deles.
Mesmo que tenhamos de levar em consideração todo o meio cultural próprio e especial da civilização romana, não deixa de nos causar profunda indignação as inomináveis atrocidades cometidas pelos seus governantes.
A falta de senso de limites existente em todos eles, em menor grau como em Cláudio até os limites da profundeza do inferno de Tibério, inimaginado (perdão o neologismo) por Dante.
Uma grande leitura os espera.
José Osnir
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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