quarta-feira, 20 de agosto de 2008

ANTENA TREZE

- Pessoal, não pretendo fazer qualquer comentário sobre as eleições municipais. Só vou dizer uma coisa muito simples: prefeito de cidade é o administrador de um enorme orçamento público, o qual é destinado ao bem da coletividade que reside no município. O futuro prefeito de Porto Alegre não participará de concurso de beleza; concurso para ver quem é o mais zangado; ou concurso para ver quem é o mais arteiro. Pense nisto na hora de votar.
- No episódio da compra da casa da governadora, devemos lembrar que o ônus da prova, tanto na área cível quanto na penal é do acusador. Não cabe à Governadora do Estado provar que houve a casa de forma lícita, e sim aos seus detratores - que tiverem coragem de ir ao foros próprios - apresentar as provas de eventual ilicitude. Diante de alguma prova, caberá à Governadora do Estado rebater o que for apresentado, e, se possível, apresentar as também eventuais excludentes de ilicitude.
Não tenho qualquer opinião formada sobre o mérito da questão, mas entendo que sobre o ponto de vista meramente processual está havendo uma inversão enorme.
- Sobre a seleção brasileira de futebol ser dirigida pelo ex-jogador Dunga. Veja bem: o qualifiquei como ex-jogador, poderia ter dito treinador Dunga. Acontece que ele nunca foi treinador. Como alguém é escolhido como treinador do quadro mais importante da nação, sem nunca ter treinado time nenhum. O lógico é que o melhor técnico de um país seja o treinador da seleção. Que interesses levam um neófito a ser o treinador da seleção?
- Quanto às Olimpíadas, não está errado os atletas do Brasil trazerem poucas medalhas, pois elas reproduzem a condição real de nossas equipes. Está errado sim é criar uma falsa espectativa ao público brasileiro, que, de antemão, se sabe não ser possível, pelo menos por enquanto. Na verdade, prefiro assim. Se nossa realidade é esta, por que criar atletas artificiais como faziam a antiga URSS e CUBA? Em suma, estão de parabéns todos estes rapazes e moças que foram lá defender os nossos esportes. Eles não têm obrigação de trazer medalhas, e sim de envidar todos os esforços para fazer uma boa apresentação. Todos fizeram o melhor, exceto é claro a seleção de futebol: a única que tinha obrigação de ganhar, e fracassou mais uma vez. O pessoal da ginástica foi muito cobrado. Sem razão, há pouco tempo a ginástica brasileira simplesmente não existia no cenário mundial. Nos últimos tempos, temos feito boa figura, inclusive conquistando campeonatos mundiais. Um sexto, sétimo ou até oitavo lugar nas Olímpiadas é um resultado fantástico para um país que não tem qualquer tradição no esporte.
- Não se emocionem com países que ficam empilhando medalhas. Lembrem-se que existem esportes sem qualquer expressão que distribuem dezenas de medalhas para modalidades insignificantes. Enquanto o futebol que envolve equipes com 22 jogadores somente distribuí uma medalha de ouro, esportes como tiro distribuem dezenas.
- Tem gente que tem prazer de desprestigiar o país e nossos atletas. Um brasileiro ganhou a medalha de ouro nos 50 metros de natação. Puxa, um feito maravilhoso diante dos monstros sagrados da natação, pois uma destas figurinhas carimbadas disse que não valia pois ele tinha treinado nos EUA. Ora, vai catar coquinho...

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