quarta-feira, 20 de agosto de 2008

OLHA A LÍNGUA AÍ GENTE

Olavo Bilac, em seu famoso soneto à língua portuguesa, denominou nosso idioma de a Última Flor do Lácio, dizendo assim:
"Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela... "
A região do Lácio na verdade era a Itália, mais precisamente a região central, onde, em priscas eras, habitavam os etruscos, e que deran origem aos latinos.
Lácio vem do latim “lacium”, hoje Lazio em italiano. Para os que gostam de futebol é a terra do Lazio.
Pois bem, dizia Bilac que se trata de uma língua ao mesmo tempo inculta, mas bela, e realmente assim o é.
Não é uma língua fácil, pelo contrário, de difícil aprendizado, tanto que passamos a vida toda apanhando.
No meio deste eterno conhecer, temos agora grandes alterações, a reboque de um tratado entre os povos de língua portuguesa.
Eu era uma das poucas pessoas que ainda usava o trema, agora vou perder este meu exibicionismo. Você não acha uma graça “qüinqüênio”? Dois tremas e um acento circunflexo. Já era... Nada de trema.
Para quem tem dificuldade com a língua, estou recomendando um livro de bolso editado pela L&PM – POCKET chamado GRAMÁTICA do português contemporâneo fundada na obra do Professor Celso Cunha, falecido em 1989, com Organização entre outros da Prof.ª Cilene da Cunha Pereira. Para os sovinas informo que custa tão-somente R$18,00.
Tudo isso também para dizer que vocês devem tomar cuidado com os corretores dos editores de texto, pois as sugestões e conselhos ali apresentados são funções automáticas, as quais nem sempre são adequadas ao que você está escrevendo. Como tenho um razoável conhecimento da língua, consigo captar muitas sugestões incorretas, inadequadas e incompatíveis com o meu texto. Pelo que, tomem cuidados, sejam críticos. Em suma, não saiam aceitando as sugestões do chamado corretor ortográfico do “Word” ou similar.
Por outro lado, as sugestões de sinonímia que a máquina apresenta, muitas vezes são engraçadas. Você escreve pamonha, e como o dicionário da máquina não tem sugere a você, com a maior cara de pau: palhaço e papagaio.
Assim aconselho a ter ao lado de sua escrita o velho e bom dicionário Aurelião, Houaiss ou qualquer outro de sua escolha, bem assim uma gramática para socorros mais profundos, e, é claro, muita leitura atenta, pois aprendendo a ler, se aprende a escrever.

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