segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ÓDIO AOS APOSENTADOS

Sou um crítico mordaz do governo Lula Lá. Resumo dizendo que se trata de um governo populista, na acepção mais perversa. Um governo que loteou os cargos públicos existentes e criou outros para acomodar a companheirada. Vive da propaganda.
Um lado, no entanto, não consigo criticar muito, pois a demagogia barata dele acaba por beneficiar uma das partes mais pobres da nação que é aquela recebedora do salário família. É verdade que não foi criação dele, como costuma pregar, mas nascida da união de dois programas de FHC: o salário educação e o vale gás. Também entendo que distribuir dinheiro público sem exigência de contrapartida é criar uma casta que se acostumará a receber sem trabalhar. Não existe qualquer incentivo no sentido de incentivar a volta ao mercado de trabalho desta massa.
Dentro desta ótica, encontro uma contradição em Lula: que a resistência ao aumento para os aposentados que ganham mais que um salário mínimo. O salário mínimo hoje é de R$465,00, ou seja, a quantia de R$15,50 por dia nos meses de 30 dias, R$15,00 quando o mês tem 31 dias; e uma verdadeira festa em fevereiro quando aumenta para R$16,60 por dia, e diminui um pouco nos anos bissextos quando atinge somente R$16,03.
O Nosso líder entende que R$15,50 por dia para o trabalhador é o resultado de uma RECUPERAÇÃO do poder de compra do salário mínimo. Realmente é um DINHEIRÃO. Imaginem R$0,64 por hora.
Basta que o trabalhador tome uma garrafinha de água mineral por hora para gastar o tal salário “recuperado”. É claro que não quero afogar o trabalhador com uma garrafa de água mineral por hora, mas é uma miséria só.
Pois o senhor Lula Lá não quer saber de dar aumento além da inflação oficial para os trabalhadores que ganham mais de um salário mínimo. Vejam: não se trata de marajás, mas dos que ganham de um real até cinco ou seis salários mínimos que é o máximo que hoje a Previdência alcança.
A desculpa é que poderia quebrar a Previdência. Ele acha que pagar melhor quem contribuiu 35 anos com o sistema pode quebrar. Mas, de outra banda, fica distribuindo benesses sem nenhuma contrapartida. Querem exemplo: aposentadoria rural, aposentadoria para marido, aposentadoria para militante do MST, pensão e indenização a pretensos perseguidos políticos, ajuda a acampamentos do MST, distribuição farta de recursos públicos a ONGs, e muito mais.
Realmente é um mistério esta aversão aos aposentados partindo do chefe de um partido que se diz dos trabalhadores.
Intrigante também são as chamadas centrais sindicais apoiarem este arremedo de acordo para dar uma miséria de 2,5% no ano que vem, além da inflação. Querem ter uma idéia? Para quem ganha R$1.000,00 significa R$28,00. Como é que os dirigentes de centrais sindicais concordam com esta miséria?
Onde estão os nossos senadores SIMON, ZAMBIASI e PAIM. Onde estão nossos deputados?
Eu tenho feito minha parte. Já falei com Zambiasi e com deputados federais. Todos concordaram. Vamos ver na hora do pega para capar se terão coragem de enfrentar o rolo compressor lulista. Duvido muito.
A patrolhagem dos aposentados começou no governo FHC, o qual fez o maior desserviço aos jubilados que foi o famigerado fator previdenciário. Cujo objetivo aberto era diminuir o número de aposentados precoces, mas que o fundo queria mesmo é diminuir os valores pagos de aposentadoria.
Estes dias vi um deputado – CARA DE PAU – do PT dizendo que a Previdência tinha nos últimos anos “economizado” dez bilhões de reais. Se economizou, alguém pagou. Adivinhe quem?

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