Quem fala melhor sobre qualquer coisa é o poeta.
Admiro-lhe a forma de dizer as coisas mais simples e as mais complexas.
Foi para falar de saudade que recorri não aos dicionários, como faço sempre, mas não aos poetas, pois, ela não é somente uma palavra, é, antes de tudo, um conceito.
Foi em Luiz Coronel – grande poeta gaúcho – que encontrei na história de Gaudêncio Sete Luas, como Um Canto de Saudades esta última estrofe:
“Pra bem fugir da saudade/eu montei na ventania./Corri mundo e a saudade/na garupa me seguia.”
Que enorme conteúdo tem estes versos!
O poeta quer fugir da saudade – que lhe incomoda. Para fazê-lo sai em disparada. Vai a todos os lugares do mundo, pensando ter dela se livrado. Ledo engano, ela nunca saiu de sua garupa, ou seja, andou onde ele andou...
A gente não pode querer se livrar da saudade. Deve sim ter nela uma coisa boa a ser cultivada.
Não se tem saudade do que foi ruim, por que, então, ter a saudade como um incômodo?
A saudade está vinculada intimamente a doces lembranças. Lembrá-las é viver novamente momentos agradáveis, e certamente de felicidade.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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