Outro dia revi uma charge de um macaquinho sentado, com uma legenda: quando me dá vontade de trabalhar, eu sento e fico esperando a vontade passar.
Os nordestinos têm, injustamente, a fama de vadios, quando na verdade dão um duro danado. A fama de não ser chegado ao trabalho, no entanto, faz parte do folclore do nordeste. Talvez em cima da idéia que o enorme calor os deixe indolentes, lerdos e sem vocação ao trabalho.
Estive em quatro estados nordestinos no último ano, sendo duas vezes na Bahia, e não via nada disso. Achei que eles trabalham como qualquer outro trabalhador do sul.
Quero dizer com isto que estigmatizar um povo isolado como vadio é uma tremenda bobagem, mas que os vadios isolados existem é evidente.
Eles estão em toda a parte.
O vadio quando é convocado para o trabalho sempre tem uma desculpa. As vezes ele nem se dá ao trabalho de saber para quando está sendo convocado para o trabalho, e de que se trata. Vai logo dizendo que não pode, que já tem outro compromisso.
A figura do vadio é fácil de ser identificada, pois ele sempre é falastrão, pois fala muito para não ter tempo de trabalhar. Procura ganhar o outro na conversa, sendo que de preferência que o outro labute em seu lugar.
O vadio não sabe nada, pois evita aprender coisas, pois, em aprendendo, no futuro vão lhe pedir para fazer.
Ele somente está preocupado com a próxima refeição. O vadio com dinheiro no bolso, não está interessado em trabalho.
Quando um vadio recebe um pedido de orçamento para um trabalho, ele enrola mas acaba passando o orçamento, torcendo para que você não aceite. Quando o vadio está esperando uma resposta de orçamento ele não pega outro trabalho, pois pode ser chamado naquele que fez o orçamento, então, não quer correr o risco de perder o primeiro. Na verdade, fica torcendo para você não aceitar o orçamento, aí estará livre das duas ameaças de trabalho.
O vadio não quer trabalho, quer emprego. Quer ter uma fonte de renda, mas não labuta. O vadio adora emprego público, de preferência CC (cargo em comissão), pois não tem qualquer tipo de compromisso.
Todos nós conhecemos um bando de vadios. Principamente numa determinada classe.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
sábado, 16 de janeiro de 2010
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