sexta-feira, 30 de julho de 2010

OSNIR: UM PROVINCIANO CONSERVADOR, OU VICE-VERSA.

Eu escutava, como faço todas as manhãs,  o programa do Rogério Mendelski, quando ouvi uma manifestação do bom jornalista e escritor Juremir Machado da Silva sobre a letra de uma música regionalista com a qual ele se identificava muito.
Fiquei pensando se também eu me via em alguma música de nossa terra.
Encontrei uma que tem muito de mim, mas ao mesmo tempo, contraditoriamente,  em alguns pontos tem muito pouco de mim.
A música ficou conhecida na voz do muito bom João de Almeida Neto, mas a composição é de Mário Barros e Mário Eleú Silva.
O provinciano da música vive longe da cidade grande, o que não é o meu caso, vivo bem dentro dela. Ele está sempre alheio ao mundo agitado, eu sou a própria agitação. Seja campeiro ou urbano é sempre um conservador. Neste ponto, acertou em cheio, costumo dizer que sou mais conservador que rótulo de Maizena ou Arrozina.
Ele cumprimenta retirando o chapéu. Nos últimos tempos, posso fazer pois estou andando de chapéu, por falta de cobertura natural.
Sabe quando mudo o tempo bombeando as nuvens no céu. Bombeando, significa olhando – que saudade de minha vó... Quanto era pequeno passava horas olhando as nuvens do céu, hoje não faço mais.
Se parece um João Barreiro, zeloso cuida do pago, com cisma de peão caseiro. Bem, este é o meu pai e não eu.
As razões de cantar triste, vem de muito tempo atrás. Meu canto nem sempre é triste, pode ser sentido, mas não de todo.
Estendo a mão, cumprimento, esta parte é própria de mim, pois gosto de manifestar meu afeto pelas pessoas. Nem sempre sou retribuído.
Já foi dito que eu sou muito mais amigo dos meus amigos, do que os meus amigos são de mim.
Nada mais provinciano.

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