domingo, 17 de outubro de 2010

UMA VIRGEM E UM ESCORPIÃO NO VELHO MUNDO - TOMO V

Um dos episódios mais bonitos de nossa viagem ocorreu em Leiria, Portugal. A minha sobrinha Rosana, que reside no local, nos levou para jantar num lugar muito legal, com uma comida ótima, incluindo um excelente bacalhau.
Acontece que ali também é ponto de reunião de universitários. Leiria tem tradição quase milenar em suas confrarias universitárias. Estavam no restaurante dois enormes grupos destas entidades estudantis, as quais regados a um bom vinho, sangria ou cerveja, passaram a cantar trovas em desafios às outras mesas. As canções e os gritos guerreiros tomavam conta do imenso salão.
Em outras circunstâncias eu ficaria irado com tanto barulho e perturbação, mas eu via que ali estava diante de um momento mágico. Uma cultura que nascia do orgulho de pertencer a uma tradicional universidade lusa. Cantar pela sua grei: não existe maior justo motivo para tal mister.
Certamente eu e Lourdes jamais vamos esquecer aqueles momentos ali no meio dos estudantes portugueses.
Também vi na cidade que os estudantes a partir do segundo ano, ou seja, quando não mais calouros ou caloiros, como diriam eles, têm o direito de vestir-se de preto, com camisa branca e gravata também preta, tudo sobreposto por uma longa capa, que face ao calor levavam na mão. Colam na tal capa distintivos de mérito. Tem gente que tem quase toda a capa coberta pelos brasões e distintivos. Muito lindo mesmo. Vocês deviam ver a cara de orgulho que ostentavam.

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