sexta-feira, 28 de agosto de 2009

AMÉRICA GABOLA DO SUL

A palavra correta é gabarola, mas aqui no Rio Grande do Sul ela se transformou em gabola, somente. Um sujeito gabola seria aquele que se gaba de si mesmo. Um outro sinônimo para ele seria fanfarrão, ou seja, o que se diz valente sem o ser. O meu pai Anselmo (77 anos) chama este tipo de sujeito de garganta.
Na América Latina (que alguns críticos como Rogério Mendelski chamam pejorativamente – e com razão – de “América Latrina”, estamos vivendo a era dos gabolas.
Os países da América Latina se reuniram esta semana, terminando hoje, sexta-feira 27.08.09, numa chamada Cúpula Extraordinária da União de Nações Sul-americanas – UNASUL- , culminando um documento cujo único objetivo é criticar o que entendem por instalação de base americana no território da Colômbia. Disseram que "Forças militares estrangeiras não podem (...) ameaçar a soberania e a integridade de qualquer nação sul-americana". Ora isso é de uma imbecilidade solar: é claro que forças militares estrangeiras não podem ameaçar qualquer país do mundo, não é só os da AL.
Quem já passou um dia pela calçada oposta de qualquer instalação militar da América Latina sabe que não temos condições de suportar vinte e quatro horas de qualquer ataque de potência militar estrangeira, e não é necessário que seja os EUA, RUSSIA ou CHINA. Uma guerra entre o Brasil e a Argentina não poderia durar mais do que três ou quatro dias por falta de munição. Não estou falando de mísseis ou qualquer outro artefato bélico de primeira linha, estou falando de projéteis de fuzis deste tipo 7.62 que equipam o exército brasileiro desde a década de 60. Passada primeira semana, os países teriam duas opções: terminar com a briga e fazer as pazes, ou continuar a luta a socos.
Eu lembrei que esta fanfarronice de Lula Lá e o senhor Chavez é semelhante as dos guris que isoladamente são completamente pacíficos, mas que se juntando em bandos saem por aí a quebrar tudo. Pois os chamados líderes latino-americanos são exatamente assim.
O apoio logístico que os EUA dão à Colômbia no combate ao tráfico não é de agora, já vem há muitos anos, e tem se demonstrando com alguma eficiência, senão total, tem segurado a expansão na região. A diminuição das atividades das chamadas FARCS (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) tem provado isso. A tal instalação de base na Colômbia nada mais é do que uma intensificação deste tipo de apoio americano, agora com o imenso apoio popular chamado OBAMA.
É claro que tal decisão sofre a influência do faroleiro Chavez que tenta fustigar os EUA. Todos os ditadores fazem isso: criam um inimigo externo para se fortalecer internamente. A Guerra das Malvinas é um mau exemplo deste tipo de atitude quixotesca.
É pena que Lula Lá – que para mim pode ter todos os defeitos do mundo menos a burrice – tenha entrado nesta verdadeira fria, certamente aconselhado por cabeças como as do Top Top.
Nessa onda toda, quem sairá ganhando é Uribe, pois os EUA farão de tudo para fortalecer a posição dele.

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