Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
domingo, 30 de agosto de 2009
BOA GENTE OS PEDREIROS LIVRES
Já li muitos trabalhos sobre a maçonaria. Entendo que o saldo foi positivo. Tenho uma boa imagem dos maçons. Algumas queixas ainda permanecem, tais como o costume de dar preferências aos “irmãos” não na igualdade, e sim na desigualdade, e o de pregar uma coisa e fazer outra, ou seja, vender uma coisa no atacado e outra no varejo.
Como tudo o que estudo sempre costumo ler os dois lados, pelo que li muita coisa escrita pelos próprios maçons, mas li também alguns livros escritos por desafetos ferrenhos, tais como Gustavo Barroso, e alguns, creio que os de maioria, simplesmente neutros.
Nesta minha última leitura sobre o assunto, no entanto, apareceram claras algumas coisas que eu já desconfiava, e que até cheguei a escrever sobre elas, e, agora, tenho como ratificadas.
Uma delas é muito utilizada pelos maçons ao defender a fraternidade, dizendo que inúmeras figuras marcantes na história brasileira foram maçons. Entre elas D.Pedro I. Pois pela leitura, na verdade, ele passou pela maçonaria como um meteoro, ascendeu quase direto a Mestre e subiu os graus como quem sobe um prédio de elevador. Não esquentou banco, e saiu falando mal, tanto que virou inimigo. Outra é sobre a história da Maçonaria, li muito que a maioria imagina que tenham origem nos Cavaleiros Templários - cuja igreja visitei em Londres. Exagerados falam que teria origem no Egito. Conta o autor da última publicação que tem gente que fala que Adão teria sido o primeiro maçom. O autor sarcasticamente diz que só falta dizer que os dinossauros também eram “pedreiros livres”.
Por tudo que já li, fica patente que a maçonaria iniciou verdadeiramente entre os construtores de obras religiosas como as grandes catedrais e igrejas durante a Idade Média, daí toda a simbologia maçônica, inclusive quanto à origem de seu nome em francês, os “livres maçons” ou os pedreiros livres. O restante é somente para manter o mistério que durante muitos anos pesou sobre ela.
Muitos amigos me perguntam por que nunca participei, apesar dos convites. O primeiro motivo é que sou muito indisciplinado e contestador quanto a assuntos filosóficos. O segundo é que levo muito a sério tudo o que faço, daí a atividade, por certo iria ocupar muito do meu tempo que já é muito escasso. O motivo mais atual é de que, como dizia sabiamente Érico Veríssimo quando perguntavam por que não se candidatava à Academia Brasileira de Letras: não me candidato porque sou quase uma vaga!
* Nota: a foto é uma das fachadas da Igreja dos Templários e Londres.
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