sábado, 8 de agosto de 2009

CONVERSA DE EX BARBUDO


Naquele tempo, a maioria dos universitários (exagero por certo) usava barba. Meu co-cunhado (ou concunhado) Nelson fazia arquitetura também na UFRGS, e usava barba há bom tempo. Quando deixei a barba ironizou dizendo que Lúcia também queria um barbudo para ela. Confesso que não gostei da brincadeira. A verdade é que usei barba durante exatos vinte e cinco anos.
A esquerda usava barba, inicialmente por causa de Karl Marx e depois pelo Fidel Castro. Eu não tinha nada de esquerda era, e sou, um conservador, mas não queria ficar diferente. A realidade é que gostava de usar barba, e ainda gostaria de usar. Só que ela está ficando branca, e barba branca só Papai Noel.
Hoje, as barbas estão desaparecendo, e voltando os bigodes. Lá por Cuba saiu de cena o barbudo e entrou o bigode do Raul Castro. Ele, o dono do bigode, certamente mais por razões econômicas do que políticas, se mostra mais aberto do que seu irmão atualmente “Coma andante” Fidel. É que a coisa lá está mais para urubu do que para beija-flor. Esta semana, li no jornal que está existindo falta de papel higiênico. Parece que vejo os amigos esquerdas tentando amenizar o assunto: “É melhor faltar papel higiênico do que comida.” A falta de papel higiênico é somente uma amostra da falência da ilha.
A imputação das dificuldades ao embargo econômico americano já não se sustenta, haja vista que ninguém mais liga para ele. Cuba pode importar o que bem entende. Só que não tem grana para comprar coisa nenhuma. Tem consigo importação de petróleo ainda graças ao amiguinho Chavez, senão já não teria óleo nem para botar no cabelo do Raul. É que a antiga comadre CCCP não existe mais a lhe socorrer todos os meses com petróleo barato, ou seja, encerrou o pensionamento.
A ilha hoje vive de esmolas que lhe dão os “hermanitos” de esquerda como Lula Lá, Chavez e outros. A vocação da ilha nunca foi agrícola, ela tem que se dedicar ao turismo. O Fidel Castro é muito esperto: quando viu que a situação estava ficando preta, passou o bastão para o irmão, o qual ficará com a conta da abertura que deverá realizar aos poucos, tal como disse o General Geisel, lenta e gradual.
Em pouco tempo, Cuba será uma grande Las Vegas do lado leste americano, entrando dólares por tudo quanto é lado. Aliás, era assim antes do Fidel. O único defeito era o governo corrupto e arbitrário de Batista. Quando Fidel e seus amigos fizeram a revolução cubana nada tinham de comunista. Acho que o único comunista por lá era Ernesto Che Chevara. Como os americanos não lhe deram o apoio que necessitava se atirou nos braços dos soviéticos.
O que se tem hoje como conquista dos comunistas da ilha, ou seja, atendimento médico e ensino, na verdade, Cuba antes da revolução já gozava de certa liderança neste campo no âmbito da Latino América. O problema não era este, mas sim o governo podre que reinava por lá, o qual deixou um campo fértil para que a revolução de Fidel e seus amigos vencesse.
Cuba deve aproveitar que o governo americano é de um jovem democrata louco para fazer história, e construir um bom acordo de abertura e reatamento com os USA.
A melhor coisa que se faz quando se tem um vizinho rico e ficar amigo dele. Geralmente este lhe cede parte de seu conforto, mesmo que seja por exibicionismo. Os governantes da ilha parecem que estão se dando conta desta verdade. A única diplomacia que gosta de afagar vizinho pobre é a brasileira. Claro - não sou ingênuo – é só para tentar mais um votinho nas United Nations, é claro.
Breve teremos Cuba como um Hawai tamanho família, renunciando ao papel de Disney World das esquerdas.

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