domingo, 2 de maio de 2010

COMENDADORAS

Tenho recebido inúmeros e-mails falando das tais de comendas recebidas pela dona Marisa e pela esposa do ministro Amorim. Todos falam que não viram qualquer mérito nas duas para receber tais comendas. Eu também não vi. Mas e daí? Qual é o problema? Que importância tem ditas comendas junto à população brasileira? Respondo: nenhuma. Começa que a maioria da população não sabe o que é uma comenda. A grande maioria não sabe o que é mérito. A grande maioria não sabe o que são relações exteriores. A grande maioria não sabe o que é o Itamarati. Daí, dar, por meritórios serviços às relações exteriores do Brasil, uma comenda não tem qualquer influência na vida dos brasileiros. Deixem eles brincarem de medalhinha, pelos menos terão alguma coisa para fazer.


Eu já fui convidado por uma importante organização brasileira para receber uma medalha por serviços prestados. É claro que não aceitei. Na verdade, eu não tinha serviços importantes prestados à dita organização, somente serviria certamente para completar o quadro dos homenageados. Tenho grande admiração por tal organização, e continuarei a ter, inclusive negarei até a morte relevar quem é, mas serve para ilustrar como são feitas estas homenagens.

O sujeito assume um cargo, outro dia já está sendo convidado para receber medalha de relevantes serviços prestados.

Esta idéia de homenagear mulheres de políticos não é nova. Aqui em Porto Alegre existem ruas com nome de mulheres de políticos importantes. Acontece que embora eu tenha sido até opositor a estes políticos reconheço que têm eles sim méritos para receber de seus pares e admiradores homenagens lhes atribuindo um nome de rua, mas por que as mulheres deles?

Não gosto do Lula e também não gosto do ministro Amorim. E, daí, quando morrerem e forem colocadas placas com o nome deles em ruas de nossas cidades, não terei nenhuma surpresa, pois foram figuras relevantes da nossa política, têm lá seus méritos, mas se resolverem colocar placas de ruas com os nomes de suas esposas, com todo o respeito que merecem serei contra.

Haverá quem diga: é machismo. Respondo antecipadamente: vale também para as mulheres políticas. Se um dia a governadora Yeda receber um nome de rua apoiarei. Se for dado um nome de rua ao seu ilustre marido, só por isso, aí serei contra.

Enquanto a gente se preocupa e gastas laudas com estas bobagens, eles continuam fazendo outras asneiras mais sérias, tais como sonegar um aumento digno aos aposentados, andar de mãos dadas com ditadores, distribuir dinheiro a militantes políticos de esquerda, distribuir dinheiro a quem nunca contribuiu com nada, distribuir dinheiro para ONGs ligadas ao MST, e por aí vai.

Acho que tudo não passa de factóides, ou seja, notícias de pequenos deslizes próprios para ocultar grandes besteiras.

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