quinta-feira, 30 de abril de 2009

BRASIL, AINDA COLÔNIA DE BANQUEIROS


Gustavo Adolfo Luiz Guilherme Dodt da Cunha Barroso, conhecido como GUSTAVO BARROSO, nasceu em 1888. Foi político, historiador, romancista, contista, folclorista, orador, conferencista, geógrafo e jornalista. Com apenas 35 anos de idade já estava na Academia Brasileira de Letras. Foi fundador e diretor do Museu Histórico Nacional até 1959, quando morreu. Escreveu mais de cem livros. É o patrono dos Dragões da Independência.
Para a população em geral é um desconhecido, principalmente por se tratar do segundo líder da Ação Integralista Brasileira, cujo primeiro, sem dúvida foi PLÍNIO SALGADO. Para quem não sabe o movimento integralista brasileiro, foi um partido político de direita aos moldes do fascismo de Mussolini, com alguma coisa também do Nazismo de Hitler, do qual imitava alguns símbolos, vestimentas e comportamentos.
Uma outra faceta de Gustavo Barroso foi combater as sociedades secretas no Brasil e no mundo, em especial a Maçonaria. É dele a famosa História Secreta do Brasil, onde conta em detalhes tudo o que aconteceu neste campo do descobrimento até os seus dias no Brasil. Este seu lado certamente lhe trouxe muita perseguição e ressentimentos.
Não estou trazendo Gustavo Barroso à baila em vão, nem para demonstrar conhecimentos históricos, até por que não sou seguidor de suas idéias políticas, mas sim para dizer que outro dia, vendo as cobranças exorbitantes que os bancos estão cobrando no Brasil, onde fazem o que bem entendem, com a conivência explícita do governo brasileiro, lembrei que o Gustavo Barroso, há mais de cinquenta anos escreveu um livro denominado BRASIL, COLÔNIA DE BANQUEIROS.
Lá pelas tantas, diz Gustavo Barroso: “O primeiro empréstimo do novo regime (República) foi feito com Rotschild, em 1893, para a Estrada de Ferro Oeste de Minas, garantido pelo Governo: dois milhões, novecentos e sessenta e oito mil libras de capital real reduzidas a dois milhões, trezentos e setenta e quatro mil libras pelo tipo 80. O capital nominal elevava a dívida a três milhões, setecentos e dez mil libras. Calculando os juros de cinco por cento ao prazo de trinta anos, segundo contrato, veremos que as dois milhões, trezentos e setenta mil libras nos custarão nove milhões, duzentos e setenta e cinco mil libras!” Ora, este empréstimo nos dias de hoje é considerado de pai para filho, sendo que a Caixa Federal cobra o dobro de quem tira empréstimo para adquirir casa própria, e os banqueiros em geral cobram dos particulares em cheque especial 12% ao mês, 15% no caso de mora. Os antigos agiotas, hoje, provavelmente, iriam para os conventos diante da sede dos banqueiros brasileiros. Ainda bem para Barroso que ele não viveu estes tempos, pois não teria chamado o Brasil de Colônia de Banqueiros e sim de SPA dos Banqueiros.

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