quinta-feira, 17 de março de 2011

ABSTENÇÃO COVARDE

Odeio gente que não tem posição. Acho a abstenção a opção mais covarde que existe em qualquer posicionamento ou discussão. O sujeito que não tem opinião sobre as coisas é um nada.
Nesse aspecto, sou um gaúcho típico. Nós sempre fomos chimangos ou maragatos, vermelhos ou azuis, situação ou oposição. Não existe gaúcho neutro.
Não por outro motivo que odeio os cronistas esportivos que  se abstem de dizer para qual time torcem, principalmente aqueles que, embora não esclareçam suas cores, torcem por elas veladamente, e, em alguns casos descaradamente. Não consigo imaginar alguém que se dedica ao futebol que nunca torceu por um time. Esta besteira é própria da nossa crônica, infelizmente, pois no Rio e São Paulo, como de resto no Brasil todo os cronistas e jornalistas esportivos dizem abertamente para qual time torcem.
Li, com profunda irritação que a nossa representante no Conselho de Segurança da ONU se absteve de votar quando o colegiado tentava opor obstáculos à atuação do sanguinário Kadaffi.
Se a nossa representação tinha convicção que a providência da ONU de impor retaliações ao maluco dirigente líbio era indevida, devia ter votado CONTRA.  Se tinha convicção de sua posição deveria tê-la afirmado através do voto contrário. A abstenção foi ato de profunda e injustificável covardia.
Se um velho e bom amigo meu resolve fazer uma bobagem, não sou obrigado a morrer abraçado com ele. Posso é antes de ele agir tentar convencê-lo a não fazer a bobagem, mas jamais me omitir, como se nada tivesse acontecido.
Lamentável.

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