A minha ABL tem Machado de Assis, Euclydes da Cunha, Gustavo Barroso, Ruy Barbosa, Rachel de Queiroz, Dinah de Queiroz, Zélia Gattai e Jorge Amado.
Também gosto da Academia com Carlos Nejar, Lygia Fagundes Telles, João Ubaldo Ribeiro e Ariano Suassuna. Não gosto da ABL com Paulo Coelho, Ivo Pitanguy e Jose Sarney. Nada contra as pessoas, pois todas ilustres, mas é que não consigo pensar em literatura quando penso nelas.
A Academia, vez por outra, confunde a capacidade profissional em outras atividades com vocação para academia. Penso que agiu assim na eleição de um dos maiores juristas brasileiros que foi Pontes de Miranda, e na eleição do empresário Roberto Marinho.
Para mim, a Academia tem que ser a guardiã da lingua, e sobretudo a depositária da qualidade da literatura nacional.
Quando penso em Academia, lembro Érico Veríssimo que nunca foi membro dela. Indagado por que não se candidatava respondia com bom humor: não me candidato por ser quase UMA VAGA! Que pena, Érico você merecia tanto. De outra banda, Mário Quintana tentou e não conseguiu por três vezes. Irônico, disse em uma de suas poesias: Todos os que estão ai atravancando o meu caminho: eles passarão, e eu passarinho!
Está na hora de uma mulher gaúcha na ABL para formar par com o nosso poeta Carlos Nejar, o único representante rio-grandense por lá. A nossa melhor escritora hoje é Lya Luft, cujo nome é unanimidade nacional. Não sei se ela se candidataria, mas sob o ponto de vista técnico seria imbatível. Se a escolha fosse masculina, ficaríamos bem com Luiz Coronel ou Assis Brasil.
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