Sei que vou ser considerado um chato - o que de antemão já vou dizendo que concordo- mas vejo com alguma perplexidade que as pessoas pensem que é felicidade sair pulando no meio de uma multidão, ao som de músicas repetitivas, como se todos os problemas do mundo tivessem terminado.
A euforia deve ser causada por descargas de adrelina, com a injeção de endorfina em altas doses, a irrigarar a dopagem carnavalesca, é a única justificativa possível. É, sem dúvida, a mesma química que os maratonistas são submetidos a cada jornada.
Claro que não é felicidade, mas momentos de alegria, tal como se tem, por exemplo, nos campos de futebol, quando o nosso time faz um gol, mesmo que seja com a mão.
Felicidade é um outro campo. Tem caráter mais permanente, a junção de uma boa vida conjugal, filial, fraternal; boas amizades, bons relacionamentos, enfim, relações interpessoais de boa qualidade; boa saúde física e financeira; trabalhar fazendo o que gosta; um morar bem; se alimentar bem; algum conforto pessoal; uma boa vida cultural, social e esportiva; um bom estado de espírito, uma boa dose de fé; alguma de otimismo; e sobretudo muitos sonhos, constituem um passaporte diplomático à felicidade.
Ora, diante deste tamanho rol de pressupostos a uma felicidade, convenhamos que não é fácil ser feliz, mas a verdade é que grande parte deles dependem de nossa vontade. São raros os que pressupõem a interferência de terceiros. O que se espera é que façamos a lição de casa, ou seja, nossa parte nesta tarefa de construir uma felicidade.
Pular o carnaval pode sim fazer parte desta construção, mas não se esqueça isso constitui somente um dos itens dela, dissolvido entre a vida cultura e social e até esportiva, e só. Você tem o resto do ano para construir o restante.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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